Encontro em Manguinhos, no Rio de Janeiro, reuniu grupos de
pesquisa que fazem parte da Rede Fio-Chagas (Foto: Peter Ilicciev (CCS))
Com
o objetivo de melhorar a intervenção e o combate a agravos importantes
para a saúde pública no país, reforçar a competência tecnológica e a
pesquisa de vanguarda na Fundação Oswaldo Cruz, a Vice-Presidência de
Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPLLR/Fiocruz), por meio do
Programa de Pesquisa Translacional Fio-Chagas, promove, até quarta-feira
(25/5), o XIII Encontro Anual do Fio-Chagas, no auditório da Escola
Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de
Janeiro.
Com a proposta de promover a discussão de políticas de assistência e
melhora da qualidade de vida do paciente, o evento busca estreitar a
interação da comunidade científica com os portadores da doença. No
formato de mesas redondas por áreas temáticas, são discutidos e
divulgados os avanços obtidos nas pesquisas realizadas, e sugeridas
ações e propostas de novos projetos. Entre os convidados, pesquisadores
de renome em pesquisa na doença de Chagas, tanto representantes da
Fiocruz, como de outras instituições e instâncias, além de pesquisadores
de outros países. O encontro contou com a presença do Vice-presidente
de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Rodrigo Stabeli, o coordenador
dos Programas de Pesquisa Translacionais - PPT, Wim Degrave, e os
coordenadores do Fio-Chagas, Rubem F. S. Menna-Barreto, do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Marli Lima, do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz) e Gilberto Silva, do Instituto Nacional de Infectologia
(INI/Fiocruz).
Stabeli destacou a importância de observar a situação da doença, sob a
ótica da saúde pública no Brasil e destacou mecanismos de integração de
Redes de Pesquisa e a inserção do programa voltado para o Sistema Único
de Saúde (SUS).
“Essa é a resposta que a Fundação Oswaldo Cruz quer ouvir de um
programa tão tradicional, tão alvissareiro e tão produtivo desta
Instituição. Quando nós pensamos na reformulação do programa, passando
para o formato de programa de pesquisa translacional, durante a
formulação do Plano Institucional de Indução em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PCTIS), não fazia sentido se não tivéssemos a proposição desta comunidade voltada para o Sistema Único de Saúde”, afirmou Stabeli.
“As respostas esperadas estão aparecendo com certa celeridade, do
ponto de vista dos programas já instalados, como o Fio-Schisto e o
Fio-Câncer, que começa a propor, dentro da atual conjuntura nacional,
soluções realistas para mostrar aos nossos governantes que, sem ciência e
tecnologia, não existe desenvolvimento do país, nem teremos uma saúde
pública sustentável”, finalizou.
Ainda na mesa de abertura, o coordenador dos PPT’s, Wim Degrave
abordou também aspectos práticos e financeiros do desenvolvimento do
programa, propondo uma reflexão sobre como, mesmo com dificuldades de
recursos, os programas conseguirão se desenvolver com os objetivos
esperados, salvo alguns quesitos, já por conta da restrição financeira.
“Ano passado, as prioridades elencadas pelo grupo foram o
desenvolvimento e produção de diagnóstico para utilização no Sistema
Único de Saúde, integração das diferentes iniciativas para o
desenvolvimento de medicamento em doença de Chagas e pesquisas e ensaios
clínicos para conseguir progredir com o desenvolvimento destas drogas”.
E completou: “especialmente na parte de prototipagem e desenvolvimento
dos testes de diagnósticos, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná
(IBMP) e o Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), em colaboração
com grupos do IOC, CPqAM e outros, tiveram progresso com aos testes de
PCR em tempo real e trabalharam na preparação e avaliação de antígenos
sintéticos para uso de testes rápidos com Bio-Manguinhos. Ambos os
projetos progrediram bastante”.
Durante os três dias do evento, são formadas mesas-redondas das
macro-áreas consideradas de suma importância para discussão: A situação
da doença de Chagas; Estado da arte da pesquisa clínica em Chagas;
Biomarcadores e vacinas: perspectivas e limitações; Novas perspectivas
da parceria público-privada; Controle de vetores e parasitos; Discussão
sobre a inserção do Fio-Chagas nas políticas do SUS; Atenção integral ao
paciente com doença de Chagas e qualidade de vida; e Formulação de
propostas e interação inter-redes e proposições de novos projetos.
Confira a programação completa do evento.
Fonte: VPPLR/Fiocruz
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