Os gatos são animais adoráveis, cheios de
personalidade e curiosos. Sua principal defesa são as unhas, podendo
facilmente arranhar qualquer pessoa que se aproxime. Uma doença pouco
conhecida e difícil de detectar no felino é a doença da arranhadura do
gato (DAG). Causada pela bactéria Bartonella henselae, acredita-se que a
DAG é transmitida para gatos por meio da pulga, sendo o homem um
hospedeiro acidental na maioria dos casos, vitimiado pela arranhadura ou
lambedura do gato.
A doença atinge principalmente as crianças, mas também há frequentes
achados em adultos. Após contato do animal com o homem, a bactéria cai
na circulação e atinge os linfonodos, ocasionando o seu aumento. Essa
lesão pode ser precedida por vermelhidão e formação de pequenas bolhas.
Em 40 a 65% dos pacientes não é possível identificar o local da
arranhadura. A linfadenopatia (aumento de um ou mais linfonodos)
regional no local de inoculação (principalmente na cabeça, região
cervical e membros superiores) é a manifestação clínica mais importante e
surge dentro de uma a sete semanas após a transmissão, sendo o sinal
que faz o paciente procurar atenção médica na maioria dos casos.
Sintomas
Outros sintomas comuns são surgimento de pequenas elevações vermelhas
na pele, de três a 10 dias após o contato com o animal infectado,
principalmente na cabeça, região cervical e membros superiores, com
duração de até três semanas, além de febre baixa, diminuição do apetite e
cansaço/apatia.
Também já foram descritas condições provocadas pela arranhadura do
gato osteomielite, púrpura trombocitopênia imune, meningite, parotidite e
acometimento visceral (abscessos no fígado e baço). Entretanto, na
maioria dos casos, o paciente não apresenta qualquer sintoma.
“Normalmente, o paciente não se lembra que foi arranhado ou lambido
por um gato e vai ao médico com queixa de linfadenopatia”, explica
Luciana Cintra, veterinária do Einstein.
O diagnóstico de DAG é confirmado pelo médico após a avaliação dos
dados clínicos e epidemiológicos do paciente e solicitação de exames
hematológicos, microbiológicos e sorológicos. E o tratamento
normalmente é realizado com antibióticos e medicamentos tópicos
(aplicados diretamente no local da lesão).
“É importante ressaltar que devido à fácil transmissão entre os gatos
e a ausência de sintomas no animal que possam caracterizar a doença, o
ideal é que após acontecer um acidente, ou seja, o gato arranhar, morder
ou lamber uma lesão na pele, lavar bem a região com água e sabão”,
finaliza a veterinária.
Fonte: einstein.br
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