Com um território equivalente à soma dos espaços da Espanha,
Alemanha, França, Inglaterra e Itália, o cerrado é o segundo maior bioma
brasileiro. Contando…
Com um território
equivalente à soma dos espaços da Espanha, Alemanha, França, Inglaterra
e Itália, o cerrado é o segundo maior bioma brasileiro. Contando com
uma rica diversidade de animais, plantas e um manancial de bacias hidrográficas
(Platina, Amazônica e São Francisco), sendo patenteado como “berço das
águas”, este vasto território de riqueza natural é um orgulho para a
nação, apesar de sofrer intensa devastação desde o século XVIII.
Características gerais do cerrado brasileiro
O cerrado brasileiro, também denominado “savana brasileira”
pelas semelhanças ao clima, relevo e vegetação, ocupa uma área de mais
de dois milhões de quilômetros quadrados. É predominante nos estados de
Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal, lugares que correspondem ao Planalto Central. Essa vasta cobertura equivale a 20% de todo território nacional.
Com estações do ano bem definidas, sendo o inverno seco e o verão
chuvoso, o cerrado é um dos maiores berços da diversidade natural do
país. Suas heranças vão desde uma fauna riquíssima, até uma flora exuberante.
Clima do bioma
O ambiente conta com um clima do tipo tropical sazonal. O inverno é
bem seco com uma mínima de 10°C, chegando até valores bem menores do que
os estipulados. O verão tem uma máxima de 40°C, apresentando-se chuvas
intensas. Em geral, a média para o ano todo desse bioma gira em torno de
25°C.
As chuvas resultam numa precipitação de no máximo 1800 mm, sendo que
os meses de março a outubro são os mais chuvosos. Acontecem os períodos
de veranico, tempo de seca, entre a primavera e o verão.
Relevo do cerrado
O relevo é moldado por planaltos, platôs ou chapadões, sendo que suas
elevações não passam de 1100 metros. Os maiores picos, com alturas
entre 1700 e 2000 metros, são o Pico do Itacolomi e o Pico do Sol.
O solo
típico do bioma é profundo, arenoso, poroso e permeável, sendo bem
drenado o que resulta na lixiviação do mesmo. É, em geral, ácido,
resultando numa baixa fertilidade.
Flora
As árvores desse bioma são bastante peculiares, também estando
presentes os pequenos arbustos. Seus caules e galhos são retorcidos,
distribuindo-se por um vasto campo coberto por gramíneas, passando a uma
altura de mais de 15 metros, em média. As suas raízes são profundas,
com cascas duras e grossas. Curiosamente, as folhas das árvores
apresentam uma cobertura cheia de pelos.
A flora tem um acervo bastante diversificado: babaçu, guariroba,
jatobá, jabuticaba, gravatá e ipê são os típicos exemplos da diversidade
de árvores no bioma. A riqueza exorbitante da flora do cerrado só é
ultrapassada pelas heranças naturais da Floresta Amazônica e da Mata
Atlântica.
Fauna
O conjunto de animais que fazem parte do elenco do cerrado é único.
Desde mamíferos até insetos, este bioma reúne uma capacidade incrível de
singularidade.
Fazem parte da fauna da savana brasileira: antas, gambás, lontras,
capivaras, tatus, tamanduás-bandeira, preguiça e onças-pintadas. Os
pássaros são: tucanos, urubus, garças, águias, beija-flores e canários
como os mais conhecidos. Conta também com a presença de um acervo de
peixes como: lambaris, piabas, bagres, piranhas e dourados.
O problema da devastação
O cerrado não ganhou o título de “Patrimônio Nacional”, tornando-se
alvo fácil para o desmatamento de sua cobertura. Estima-se que até 2050 a
agressão à biodiversidade aumentará em 14%.
A cada década, dados precisos mostraram que o bioma está reduzindo 40
mil quilômetros quadrados. Tudo isso se deve ao fato de que a cobertura
vegetal do cerrado é a mais apropriada para a prática de agricultura,
assim como ocupação antrópica.
O crescimento urbano desenfreado eleva os desejos humanos em ocupar
cada vez mais espaços, transformando e agredindo a formação vegetal do
território.
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