Alvo da Operação Turbulência, Paulo César de Barros Morato foi encontrado morto no motel Tititi, em Olinda (PE)
Funcionários
do motel Tititi, em Olinda (PE), onde foi encontrado morto o empresário
Paulo César de Barros Morato, foragido da Operação Turbulência,
relataram não ter escutado nenhum disparo de arma de fogo. Segundo o
advogado do estabelecimento, Higinio Luis Araújo Marinsalta, Morato
entrou no quarto por volta das 12 horas de terça-feira, trancou-se no
quarto e não solicitou nenhum serviço.
Morato é apontado por investigadores como um dos testas de ferro do
esquema de lavagem de dinheiro que abasteceu campanhas políticas e foi
usado na compra do jatinho Cessna PR-AFA, cuja queda, em 2014, matou o
então candidato a presidente Eduardo Campos (PSB), ex-governador de
Pernambuco.
Segundo Marinsalta, os funcionários do motel tentaram entrar em
contato com Morato ao meio-dia desta quarta-feira, horário em que a
diária deveria ser renovada. "Ele não tinha feito nenhum pedido, nem
avisado se iria ou não renovar a diária. Os funcionários então
telefonaram, mas ele não atendeu. Depois, bateram na porta do quarto e
não houve resposta", contou o advogado. Os funcionários aguardaram ainda
mais um pouco e à tarde resolveram abrir a porta, quando então
encontraram o hóspede morto.
O motel está interditado para que sejam realizados exames
complementares de perícia. O quarto ocupado por Morato foi isolado. O
caso será investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) da Polícia Civil. A delegada Gleide Ângelo e os peritos se
recusaram a dar informações sobre as investigações. Eles retiraram do
quarto travesseiros, um chip de celular, uma carteira e outros objetos
pessoais de Morato.
A polícia também solicitou imagens do circuito interno. Conforme o
advogado, Morato aparece sozinho nas imagens. A Polícia Federal
acompanha a perícia no local.
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