Ministro da Casa Civil
disse há muitas variáveis até o julgamento final e que a sociedade quer
conclusão do processo 'o quanto antes'
Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil
BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Eliseu
Padilha, reconheceu nesta quinta-feira, 2, que há no governo a
preocupação com a necessidade de garantir os 54 votos necessários para a
conclusão do afastamento da presidente Dilma Rousseff e que o governo
em exercício tem conhecimento de algumas manifestações de senadores
indecisos ou que poderiam votar contra o impeachment. Padilha destacou
que, como ainda faltam 60 dias para a votação, serão ouvidas "muitas
manifestações".
Padilha
disse que o governo está acompanhando as manifestações e que pela sua
experiência de "décadas de convivência" no Congresso Nacional há "muitas
variáveis" até a votação. "Quando se pensa em tempo numa votação deste
porte, uma hora antes da votação é quase uma eternidade", afirmou.
"Vamos ouvir muitas manifestações ainda que em tese não estávamos
esperando que acontecesse", completou.
O ministro disse que a despeito de modificações de opinião que
possam ter ocorrido "há um termo positivo" já que a Câmara e o Senado
têm respeitado até agora a vontade da população brasileira. "O que a
nação quer o Congresso acaba fazendo. Eu não tenho dúvida que não houve
mudança na sociedade brasileira no que diz respeito a esse tópico",
afirmou.
Padilha disse que para todas partes envolvidas há o interesse
que o processo de impeachment seja resolvido o quanto antes. "Se
consultássemos a cada cidadão, ele diria que quer, sim, definir logo [o
processo] e que este período de transitoriedade [do governo Temer]
acabe", afirmou. "Se formos perguntar ao governo afastado, por óbvio.
Para nós, governo Temer, interessa, sim, que [o processo] seja
[resolvido] o mais breve possível, obedecendo as regras fixadas pelo
Supremo Tribunal Federal", ponderou.
Reforma. Questionado sobre uma eventual reforma
ministerial caso o governo Temer seja efetivado após um eventual
afastamento definitivo de Dilma, Padilha esclareceu que as declarações
dadas por Temer na quarta, 1º, ao deputado Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho da Força, (SD-SP) estavam dentro de um contexto.
"O que disse o presidente foi circunscrito a questão do
Ministério do Desenvolvimento Agrário, ele disse que depois de passada a
votação final do impeachment, confirmado o afastamento, pode rever e
não significa dizer que vai", afirmou, destacando que essa possibilidade
de revisão estaria limitada ao MDA.
Afago à base. Assim como fez Temer mais cedo,
Padilha disse que a base de sustentação do governo está correspondendo
"plenamente" às expectativas dando celeridade aos projetos importantes.
"Temos convicção que temos base política para fazer as mudanças que
temos que fazer", afirmou.
Presente na coletiva, o ministro do Planejamento, Dyogo
Oliveira, também destacou o apoio do Congresso para a aprovação de
matéria econômicas importantes. "Temos boas perspectivas para aprovação
de novas medidas que serão enviadas ao Congresso", disse.
Fonte: Carla Araújo, Murilo Rodrigues Alves e Tânia Monteiro - O Estado de S.Paulo
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