Ranking publicado pelo Fórum Econômico Mundial coloca o país na 133ª posição entre 139 países
Na avaliação do Fórum Econômico Mundial, a qualidade da
educação em matemática e ciências no Brasil é uma das piores do mundo.
De acordo com o relatório Global Information Technology,
divulgado nesta quarta-feira em Genebra, na Suíça, apesar de termos
melhorado nossa preparação em relação à tecnologia da informação,
estamos entre os últimos colocados na apreensão de conceitos matemáticos
e científicos: o país está na 133ª. posição entre 139 nações.
Segundo o relatório, que desde 2001 avalia como os países estão se
preparando para a nova era de inovação tecnológica e de que forma estão
aproveitando competências de informação e comunicação, subimos algumas
posições no ranking geral. Nessa lista, passamos do 84º lugar para o
72º, “revertendo em parte a forte tendência dos últimos anos”, de acordo
com a publicação. As razões estão na popularização do acesso à internet
e celulares, bem como políticas para reduzir os preços da banda larga.
Contudo, “o ambiente de inovação ainda é um dos piores do mundo”, afirma
o estudo. Nessa área, a qualidade da educação em matemática e ciência –
habilidades importantes para se destacar no cenário internacional –
ainda é fraca.
No ranking de qualidade de educação dessas áreas do conhecimento
recebemos nota 2,5 em uma escala de 1 a 9, em que 1 significa
“extremamente pobre, entre os piores do mundo” e 9 “excelente, entre os
melhores do mundo”. Estamos empatados com Moçambique e um pouco melhor
que Guatemala, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Paraguai e África
do Sul. Cingapura ocupa a primeira posição.
Quando considerada a educação geral, subimos poucas colocações: 131º.
lugar. Suíça ocupa a primeira posição dessa lista, enquanto o Paraguai
está em último.
Outros rankings internacionais de conhecimento de matemática e
ciências já haviam trazido dados semelhantes. Segundo um relatório
recente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE), o Brasil é um dos dez países com mais alunos com baixo rendimento escolar em matemática, leitura e ciência.
De acordo com o levantamento, 1,1 milhão de estudantes brasileiros com
15 anos não têm capacidades elementares para compreender o que leem nem
conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Já o Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o mais importante teste de
educação do mundo, também feito pela OCDE, mostra o Brasil na 58ª
colocação entre 65 países em conhecimentos de matemática. Isso significa
que dois em cada três estudantes não atingem o patamar mínimo de
conhecimento. Um levantamento divulgado no fim do ano passado e feito em
25 cidades brasileiras com 2.632 adultos com mais de 25 anos mostrou
que 75% dos entrevistados não sabia fazer média simples e 63% não era capaz de responder perguntas sobre porcentuais.
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