Deputados acreditam que a renúncia da presidência foi estratégia para tentar salvar o mandato como deputado federal. (Foto: ABr)
Como já era esperado, o deputado federal afastado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) renunciou na tarde desta quinta-feira (7) à presidência da
Câmara dos Deputados. Os deputados, aliados e opositores, já aguardavam o
pronunciamento de Cunha desde segunda-feira e, após confirmação,
comemoraram o anúncio.
Para Pauderney Avelino (AM), líder do DEM, a renúncia de Cunha
encerra um período de agonia a que foi submetida a Câmara. "O Brasil
precisava virar esta página da história. E virou. É impossível deixar de
reconhecer o que Cunha fez pelo Brasil com processo de impeachment que
vai culminar no afastamento de Dilma, mas este reconhecimento não nos
permite nos comprometermos com os ilícios praticados por Cunha", disse.
O deputado Felipe Bornier (PROS-RJ) disse ao Diário do Poder que a
renúncia de Cunha abre caminho para a Câmara voltar ao seu protagonismo.
"Melhor para a Câmara e para o país", comentou.
Izalci Lucas (PSDB-DF) contou que essa decisão de Cunha foi a última
cartada para tentar se salvar. "Ele já percebeu que não tinha chance na
CCJ e tem dificuldades no plenário em relação à cassação. É uma clara
estratégia de quem está tentando uma última solução para se salvar, mas
acredito que não tem chance mesmo assim. A situação dele é irreversível,
mesmo renunciando a presidência", apontou.
Fonte: Elijonas Maia
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