Estados alegam que perderam com renúncias fiscais
Negociação. Governadores apresentaram propostas ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles
Em termos reais (descontando a inflação), são cerca de 20% a menos, reclama Flávio Dino, governador do Maranhão. Os Estados estão aproveitando a fragilidade apresentada pela base governista na Câmara para pressionar a recomposição do fundo.
Na última quarta-feira, o governo não conseguiu aprovar a urgência na tramitação do Projeto de Lei Complementar 257, que trata da renegociação do pagamento das dívidas dos Estados com a União. “Não foi uma ação coordenada, mas claro que a não aprovação no Congresso nos dá força para negociar”, diz Dino.
Além da recomposição do fundo, os Estados também pressionam para o governo voltar a liberar os avais para tomada de crédito com bancos oficiais, como Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e órgãos multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimetno (BID).
“Esses créditos são importantes para manter os investimentos. É preciso preservar os bons índices de governança dos Estados do Nordeste”, afirmou Ricardo Coutinho, governador da Paraíba.
Segundo os governadores, a Fazenda vai analisar o pedido. Recentemente, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou que o governo não dispunha mais de espaço fiscal para travar novas negociações.
Disputa. O Ministério da Saúde virou alvo da cobiça do PMDB e do PP, que disputam o controle da pasta no governo Temer, caso a presidente afastada Dilma Rousseff sofra impeachment. Mesmo em tempo de epidemias e com orçamento apertado, a pasta continua sendo estratégica, por ter um grande número de cargos a serem distribuídos pelo país e porque seus investimentos e programas são um trunfo para conseguir a simpatia da população.
Agências
Diretores. O presidente interino Michel Temer nomeou nessa quinta-feira (7) diretores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Entenda
O que os governadores pedem:
Renegociação das dívidas com prazo de até 20 anos a mais para pagar. O projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, mas perdeu o caráter de urgência.
Recomposição do Fundo de Participação dos Estados. Os governadores alegam que perderam receita com a redução do IPI. Proposta foi apresentada à Fazenda.
Liberação de aval da União para tomada de crédito com bancos como o BNDES e o BID. Proposta foi apresentada ao Ministério da Fazenda.
0 comentários:
Postar um comentário