O
crescimento exponencial e desigual da população mundial já foi tema de
diversas discussões, isso porque, se não estivermos preparados, suas
consequências poderiam ser desastrosas para a Terra.
A
humanidade, em 2013, atingiu uma marca de 7,9 bilhões de pessoas.
Espera-se que esse número aumente para 8,5 bilhões até 2030 e 9,6
bilhões em 2050. Se isso não for suficiente, considere 11,2 bilhões até
2100, conforme repostado pelo site BigThink.
Supõe-se
que a maior parte desse crescimento venha especificamente de nove
países: Índia, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia,
Tanzânia, Nigéria, Estados Unidos e Indonésia. No entanto, não é a
fertilidade que está impulsionando esse crescimento, mas sim o aumento
da expectativa de vida da população mundial, que atingiu seu pico em
1960 e vem caindo de forma constante desde os anos 1970. Há uma década
atrás, a taxa de crescimento era de 1,18% ao ano.
Logo,
para uma grande parte da população, ficou muito caro ter um filho,
especialmente depois da Grande Recessão, quando os jovens tiveram de
investir muito mais tempo na educação e construção de uma carreira,
gastando seus anos mais férteis em salas de aula e escritórios. Embora,
em geral, a fertilidade venha caindo em todo mundo, um relatório
recente, feito a partir de dados demográficos fornecidos por 233 países,
bem como censos recolhidos em 2010, diz que mesmo em um cenário de
variantes mínimas, o crescimento da população pode ser muito elevado.
De
acordo com um relatório da ONU, a maior parte do crescimento virá dos
países em desenvolvimento, com mais da metade sendo projetada para
África, o continente mais pobre em recursos financeiros do mundo. Alguns
desses países em desenvolvimento, como Brasil, África do Sul,
Indonésia, Índia e China, estão observando uma queda no número médio de
filhos por mulher, o que é esperado continuar, devido as perspectivas
econômicas.
Apesar
de muitas vezes pensarmos na China como o país mais populoso do mundo, a
Índia está definida para alcançá-la até 2022, quando ambas as nações
serão o lar de cerca de 1,45 bilhão de pessoas. No entanto, espera-se um
aumento de expectativa de vida em ambos os países. Diferente disso, em
nível global, a média será provavelmente de 76 anos, entre o período de
2045 -2050, chegando a média de 82 anos de idade em 2095-2100, se nada
mudar.
No
final do século, nos países desenvolvidos, as pessoas poderão esperar
viver até os 89 anos, enquanto que nos países em desenvolvimento, 81. No
entanto há preocupações de que esses países mais pobres possam sofrer
ainda mais com esse fenômeno. “A concentração do crescimento da
população nos países mais pobres apresenta seu próprio conjunto de
desafios, sendo mais difícil a erradicação da pobreza e desigualdade e
expansão das escolaridade e sistemas de saúde”, de acordo com John Wilmoth, diretor da Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
Outra
preocupação, no entanto, atingirá ambas as classes, e fala sobre o
esgotamento de recursos naturais, como minerais, combustíveis fósseis,
madeira e água, que poderão tornar-se escassos em várias regiões do
mundo. Se as guerras forem frequentemente disputas de recursos, o uso da
água deve aumentar entre 70 – 90% até meados da metade do século. Sem
políticas de melhorias em métodos na agricultura e uso inteligente, a
água poderá se transformar no “próximo petróleo”. Esse conflito em
algumas regiões já é tenso. A Índia e a China, por exemplo, já lutaram
em duas guerras por causa de créditos de água.
As
alterações climáticas também aparecem como fatores extremamente
relevantes. Conforme as terras ficam menos aráveis, há ainda mais
temores sobre a escassez de alimentos, bem como a perda da
biodiversidade, que provavelmente acontecerá em um ritmo mais rápido. Logo,
para conter esse problema assustador de crescimento exponencial,
pesquisadores da ONU sugerem que os países invistam em planejamento de
saúde reprodutiva e procriação responsável entre as famílias,
especialmente em países em desenvolvimento.
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