Katz, que é diretora do Site Intelligence Group, agência antiterrorismo, afirmou que os jihadistas também veicularam as programações dos jogos. O grupo também “convida” todos os “lobos solitários” (terroristas que agem sozinhos, sem ligação com grupos) a virem para o Rio de Janeiro.
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De acordo com a especialista, as técnicas para os ataques durante as Olimpíadas incluem alvos em aeroportos e transportes públicos, uso de facas, envenenamentos, tomada de reféns e ameaças falsas.
No último domingo, Katz tuitou que o primeiro grupo extremista brasileiro cadastrado no Telegram (app similar ao WhatsApp), o “Ansar al-Khilafah Brazil”, jurou lealdade ao Estado Islâmico. É nesse grupo que as informações sobre as técnicas que serão supostamente empregadas no Rio estão circulando.
Em junho, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou que o Estado Islâmico criou seu primeiro canal de divulgação e propaganda em português, também dentro do aplicativo Telegram.
Dúvida. A real existência desse grupo extremista brasileiro, porém, está sendo questionada por outros especialistas em terrorismo. Para a rede norte-americana ABC News, o especialista J. M. Berger declarou não ter tanta certeza sobre isso.
“O canal Ansar al-Khilafah Brazil no Telegram parece ser um trabalho de algum ativista de mídias sociais, em vez de refletir alguma iniciativa de ocupação”, declarou ele, que é autor do livro “Isis: State of Terror” (ou EI: Estado do Terror”, em livre tradução).
O pesquisador John Horgan, da Georgia State University, afirma também não saber se o grupo é real, mas afirmou que os seguidores do Estado Islâmico são “mestres de explorar oportunidades” como as Olimpíadas.
A influência do EI no Brasil parece ser pequena. De acordo com um levantamento da empresa de inteligência Soufan Group, só três pessoas viajaram do Brasil para a Síria e o Iraque para se juntar a algum grupo extremista. Na França, esse número é de aproximadamente 1.700 pessoas. Mesmo assim, as ameaças aos Jogos Olímpicos estão sendo levadas a sério pelos governos de vários países de todo o mundo.
Aeroportos
Passageiros voltaram a enfrentar nessa terça-feira (19) filas enormes e tiveram que remarcar voos nessa terça-feira (19) em Congonhas, em São Paulo, na segunda manhã de caos no aeroporto após a mudança das normas de inspeção. Por volta das 6h, a fila dos raios-X dava três voltas no térreo. Na parte superior, a fila seguia por todo o saguão, circular, até a porta de embarque. O corredor que liga a área de check-in e o saguão de embarque, com lojas em ambos os lados, ficou lotado.
Seduzidos
Pessoas com perturbação caem no apeloParis, França. A chacina na boate de Orlando, o massacre na cidade de Nice: esses atentados são reivindicados ou atribuídos ao Estado Islâmico, mas os perfis de seus executores ilustram a força da propaganda mortífera do grupo extremista sobre personalidades perturbadas e sem engajamento ideológico evidente.
Em um artigo publicado nessa terça-feira (19) pelo jornal francês “Libération”, o historiador Olivier Christin evoca esses “massacres que combinam crenças religiosas, hostilidade às intervenções internacionais na Síria e no Iraque, antissemitismo, mas também frustrações pessoais, ódio de si mesmo e desejo de suicídio”.
“A causa do EI acolhe todo o tipo de raiva e frustração”, resume ele, que vê “uma ruptura radical na história do terrorismo religioso e político.
O grupo Estado Islâmico compreendeu a vantagem que poderia tirar de seus apelos incessantes para que seus partidários passem à ação contra os “infiéis”, disse recentemente à AFP o psicólogo Patrick Amoyel, que trabalha com o fenômeno da radicalização.
Comunicado
França: plano contra delegação é falsoSão Paulo. Comunicado enviado nessa terça-feira (19) pela Embaixada da França ao Ministério da Defesa classifica como falsa a informação de que um brasileiro, supostamente vinculado ao Estado Islâmico, estaria planejando um atentado contra a delegação francesa durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
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Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o diretor de inteligência militar da França explica no documento que a conclusão foi possível após análise de agências francesas em cooperação com órgãos de inteligência de diversos países, inclusive o Brasil. “A análise das pesquisas realizadas levou à conclusão de que a informação é falsa, razão pela qual o Diretor de Inteligência Militar da França não transmitiu para o Ministério da Defesa naquela ocasião”, diz a nota.
A informação apareceu pela primeira vez em transcrição de depoimento do chefe da Direção de Inteligência Militar (DRM), general Christophe Gomart. A declaração foi dada durante audiência no dia 26 de maio, na comissão parlamentar de luta contra o terrorismo que investiga os atentados de 2015 na França.
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