Investigação que trata de supostas negociações de emendas em MPs vai ser encaminhada para outro ministro do Supremo por não ter relação com a Lava Jato
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF),
encaminhou para redistribuição um dos inquéritos que tramitam na Corte
contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A investigação trata
da suposta negociação de emendas em medidas provisórias para favorecer
bancos e empresários.
Pela investigação, mantida sob sigilo no STF, as emendas que Cunha
negociava trariam benefícios ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual,
e ao executivo Léo Pinheiro, da OAS.
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Para Teori Zavascki, a investigação não tem relação com os
desdobramentos da Operação Lava Jato, pois não trata do esquema de
corrupção envolvendo a Petrobras. Por isso, ele encaminhou o caso para a
presidência do STF fazer a redistribuição e passar o caso para o
gabinete de outro ministro.
Em delação premiada, o ex-senador cassado Delcídio do Amaral chamou
Cunha de “menino de recados” do banqueiro André Esteves em assuntos de
interesse do BTG, “especialmente no que tange a emendas às Medidas
Provisórias que tramitam no Congresso”, afirmou.
No ano passado, os investigadores encontraram um papel em que é
mencionado suposto pagamento de 45 milhões de reais em propina ao então
presidente da Câmara para alterar uma medida provisória que beneficiaria
o banco. O papel foi encontrado em uma busca realizada na residência do
então chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, antes da delação
premiada do ex-senador.
(Com Estadão Conteúdo)
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