Moro manda soltar Monica Moura e João Santana, diz advogado


Foto: Paraná Portal

O juiz federal Sérgio Moro determinou a soltura do ex-marqueteiro do PT, João Santana e da esposa, sócia e publicitária Monica Moura, nesta segunda-feira (1). A informação foi confirmada ao Paraná Portal pelo advogado de Monica, Fábio Tofic Simantob. “Depois que eles prestaram depoimento na semana passada o juiz entendeu que não existe mais a necessidade da prisão preventiva, já que eles estão colaborando com a operação”, afirmou.
 

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A decisão não foi divulgada no sistema da Justiça Federal até às 11h20 de hoje.
O casal foi preso no dia 23 de fevereiro, durante a 23ª fase da Operação, conhecida como Acarajé. O casal negocia acordo de delação premiada com a justiça.

Em depoimento a Moro a publicitária, esposa e sócia do marqueteiro João Santana, admitiu que os R$ 4,5 milhões recebidos por sua empresa em uma conta na Suíça através do empresário Zwi Skornicki tinham como objetivo a quitação de parte da dívida da campanha da presidente Dilma de 2010 com os publicitários. Ela disse, ainda, que os recursos não foram registrados na Justiça Eleitoral e nem declarados por sua empresa. “Era Caixa 2 mesmo”, admitiu.

“Esses R$ 4,5 milhões foram parte de um dívida de R$ 10 milhões que o PT tinha com a gente da campanha de 010 da presidente Dilma. Cobrei muito essa dívida, lutei para recebê-la, até que o João Vaccari Neto (então tesoureiro do PT) me indicou o Zwi, empresário que estaria interessado em contribuir com o partido. Acertei com ele, então, o pagamento destes R$ 4,5 milhões”, disse. “Nunca perguntei a origem do dinheiro, queria apenas ser remunerada pelo meu trabalho”, acrescentou.

Ao prestar depoimento à Polícia Federal, em fevereiro, quando foi presa na 23ª fase da Operação Lava Jato, Mônica havia declarado que os recursos eram referentes a trabalhos prestados para campanhas políticas em Angola. Questionada pelo juiz por que não falou a verdade na ocasião, ela disse que não queria incriminar a presidente Dilma no momento político que o Brasil atravessava. “Não falei a verdade, primeiro porque ser presa é uma situação extrema, não é fácil raciocinar em uma situação dessas. Segundo, porque na situação que o Brasil estava, com toda a pressão sofrida pela presidente Dilma, eu não quis influenciar nisso, não quis incriminar a presidente, eu achava que ia contribuir para piorar a situação do Brasil falando o que realmente aconteceu e, por isso, disse que era referente a uma campanha no exterior”, afirmou.
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Sobre jaguarverdade

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