"Não
queria ofender os Alcoólatras Anônimos, nem os bêbados, eu falei que
essa lei tinha sido feita por pessoas não muito lúcidas", disse (Foto:
Rosinei Coutinho/ SCO/STF)
Em
mais um novo ataque à Lei da Ficha Limpa, o presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse na manhã desta
quinta-feira, 1º, que não queria ofender os “bêbados” ao fazer críticas à
legislação de iniciativa popular.
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No dia 17 de agosto, o presidente do TSE disse que a legislação, de
tão mal feita, parece ter sido feita por “bêbados”, o que provocou
reação de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O novo comentário de Gilmar Mendes foi feito durante sessão plenária
do TSE em que se discutiu o caso do prefeito de Boa Viagem, no Ceará,
Fernando Assef (PSD), que teve os registros de candidatura indeferidos
pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará com base na Lei da Ficha
Limpa, após a rejeição de suas contas.
Conforme a Lei da Ficha Limpa, serão considerados inelegíveis os
políticos que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou
funções públicas rejeitadas por "irregularidade insanável que configure
ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do
órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo
Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes”.
“Essas condições cumulativas que se estabelecem são extremamente
difíceis de serem atendidas, até porque os acórdãos dos Tribunais de
Contas raramente se ocupam disso no detalhe”, comentou Gilmar Mendes.
“Numa referência que fiz (as críticas do mês passado, quando disse
que a legislação parecia ter sido feita por “bêbados”), mas não queria
ofender os Alcoólatras Anônimos, nem os bêbados, eu falei que essa lei
tinha sido feita por pessoas não muito lúcidas, por conta desses
problemas todos”, completou o presidente do TSE.
Posicionamento
Em nota divulgada no mês passado, o presidente da OAB, Claudio
Lamachia, disse que a OAB e outras entidades que apoiaram a legislação
estavam “absolutamente conscientes” da importância da medida ao se
engajarem pela sua aprovação. (AE)
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