Após dois adiamentos, Moro reforçou sua decisão em despacho nesta quarta-feira, 31 (Foto: Cristiano Mariz/ Veja)
O juiz federal Sérgio Moro manteve a determinação para que o
pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, volte à prisão no dia 6. Após dois adiamentos, Moro reforçou
sua decisão em despacho nesta quarta-feira, 31.
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No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki negou liminar em habeas corpus a Bumlai.
Moro havia restabelecido a prisão preventiva de Bumlai em 10 de
agosto e ordenado que o pecuarista se reapresentasse à Polícia Federal,
em Curitiba, em 23 de agosto.
Ele foi capturado na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava
Jato, em novembro do ano passado. Ao juiz Moro ele confessou que o
empréstimo de R$ 12 milhões que tomou junto ao Banco Schahin, em outubro
de 2004, foi destinado ao PT.
Bumlai passou à prisão domiciliar em março deste ano para tratar um câncer e problemas cardíacos.
O magistrado havia adiado, inicialmente, a apresentação de Bumlai para 30 de agosto.
“Desde 10 de agosto teve o acusado tempo para se preparar para a
reapresentação”, afirmou Moro. “A atual internação, posterior à
determinação da reapresentação, gera natural dúvida acerca de sua real
necessidade, considerando o já exposto e a vagueza dos atestados médicos
apresentados a este Juízo, incluindo qualquer ausência de previsão de
alta.”
Na terça-feira, 30, O Ministério Público Federal solicitou ao juiz
Moro que nomeie um perito médico judicial para avaliar o estado de saúde
do pecuarista.
Na decisão desta quarta, o juiz anotou que assim que Bumlai se
reapresentar, em 6 de setemrbo, à carceragem da Polícia Federal ‘ou, se
houver razões médicas comprovadas, deverá internar-se em estabelecimento
médico em Curitiba, possibilitando a continuidade de eventual
tratamento e a perícia médica requerida pelo Ministério Público Federal,
esta a fim de verificar a real necessidade da atual internação’.
“Eventual reconsideração da revogação da prisão domiciliar só será
viável após essas providências e a realização da aludida perícia
médica”, registrou Moro.
A advogada Daniella Meggiolaro, que defende Bumlai, reagiu com
surpresa e decepção. “Nós estamos todos muito preocupados com a saúde do
sr. Bumlai. O estado dele é grave. O sr. Bumlai nunca se negou a depor
sobre qualquer assunto a que convocado e esclareceu todas as dúvidas
sobre o empréstimo (tomado ao banco Schahin).” (AE)
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