O presidente do Congresso instalou uma comissão para identificar os supercheques do funcionalismo nos Três Poderes. (Foto: ABr)
A reação em cadeia dos juízes contra Renan Calheiros (PMDB/AL)
ganhou mais um capítulo. Nesta quarta-feira, 16, o presidente da maior
entidade da toga no País, a Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB), João Ricardo Costa, emitiu nota pública em que diz. “Combate à
corrupção não é tolice, é coisa séria. Tolice é o presidente do Senado
imaginar que a sociedade vai acreditar nas suas boas intenções ao
investigar salários de magistrados e tentar criminalizar juízes que
tentam combater à corrupção.”
A reação da AMB se soma à de outra entidade influente do Judiciário, a
Associação dos Juízes Federais, que também desafiou Renan e revelou que
um ‘administrador do xerox da Câmara dos Deputados ganha igual a
ministro do Superior Tribunal de Justiça’.
O presidente do Congresso instalou uma comissão para identificar os
supercheques do funcionalismo nos Três Poderes. Os juízes acreditam que o
alvo de Renan são eles. O peemedebista é investigado na Lava Jato. Na
avaliação da toga, o senador estaria promovendo uma retaliação. Renan
disse que entidades que se opõem à comissão do supercheque ‘não vão
intimidar o Senado’.
Em resposta às declarações de Renan, o presidente da AMB, João
Ricardo Costa, destacou que ‘é preciso que a magistratura, o Ministério
Público e a sociedade estejam unidas para evitar as manobras que alguns
parlamentares têm tentado usar para enfraquecer as prerrogativas dos
juízes e membros do MP, além de tentarem, a todo custo, abafar a
Operação Lava Jato’.
“O desejo da sociedade é que a Justiça puna os condenados e cumpra o
seu papel de combater a corrupção, e que as autoridades não usem o posto
que ocupam para obstaculizar o trabalho da Justiça”, afirmou. (AE)
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