Defesa do ex-deputado arrolou 22 nomes como testemunhas de defesa do peemedebista, mas juiz só aceitou 19

Michel Temer concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília - 27/10/2016 (Carolina Antunes/PR/Divulgação)
O juiz federal Sergio Moro aceitou nesta segunda-feira pedido dos advogados
do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o presidente Michel
Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam ouvidos como
testemunhas de defesa do ex-parlamentar. Em seu despacho, o magistrado
responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba pede que um ofício seja
enviado a Temer e que o presidente manifeste se deseja ser ouvido
em audiência ou por escrito, como determina a Constituição. Moro pede,
“respeitosamente”, que a resposta seja enviada em cinco dias, “já que há
acusado preso”.
Além de Temer e Lula, Moro autorizou a oitiva de outras
dezoito testemunhas arroladas por Cunha, entre elas o ex-senador
Delcídio do Amaral, os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Mauro
Ribeiro Lopes, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró. No caso de Lula, o juiz da Lava Jato mandou
que a Justiça Federal de São Bernardo do Campo (SP), onde o petista
mora, seja acionada para colher o depoimento do ex-presidente,
“preferivelmente por videoconferência”, num prazo de 30 dias.
A
defesa havia pedido 22 testemunhas, mas Moro negou a oitiva de três
delas — Mary Kiyonaga, Elisa Mailhos e Luiz Maria Peneyrua – por
residirem na Suíça. Segundo o juiz, se a defesa considerar
“imprescindível” a explanação das três pessoas, que eram funcionárias de
bancos suíços, terá que arcar com as despesas de trazê-los ao
país.”Querendo, faculto à defesa que traga, as suas expensas, as
referidas testemunhas para depoimento no Brasil ou que colha delas
depoimentos por escrito e que poderão ser juntados aos autos para
avaliação conjunta com as demais provas”, escreveu Moro.
As primeiras testemunhas a prestarem depoimento serão o ex-gerente da
área Internacional da Petrobras Eduardo Musa e o auditor da Petrobras
Rafael de Castro da Silva, arrolados pela acusação, em audiência marcada
para o dia 18 de novembro.
0 comentários:
Postar um comentário