Líder do governo rebate rumor de que ministros estariam demissionários
Moreira Franco e Eliseu Padilha foram citados em delações de executivos da Odebrecht (Foto: Divulgação/Palácio do Planalto)
Após almoço com o presidente Michel Temer, o ministro-chefe da
Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário Moreira Franco, o líder do
governo no Congresso, senador Romero Jucá (RR), negou nesta
quarta-feira, 14, que os principais aliados do presidente da República
tenham a intenção de entregar carta de demissão.
Jucá afirmou que ambos têm a confiança do presidente e que cabe a
Temer decidir quem entra ou sai de seu governo. "Não é nenhum tipo de
notícia armada, pressão indevida ou tentativa de desestabilização que
levará o presidente a fazer mudanças no seu ministério sem ele querer",
declarou.
O senador, que é presidente nacional do PMDB, disse que o partido não
vai dar curso a nenhuma medida jurídica questionando o vazamento das
delações dos executivos da Odebrecht. O peemedebista - citados nas
delações - disse que cabe ao Ministério Público ser célere nas
investigações, provar as acusações e tirar "a suspeição generalizada da
classe política". "Não é possível ficar se vazando toda semana alguma
coisa criminosamente exatamente para desestabilizar o governo",
comentou.
Jucá aparece nas delações mais recentes com o apelido de Caju. "Não
me sinto um caju, não sei de onde tiraram isso", respondeu ao ser
questionado sobre a alcunha. O senador preferiu não comentar o teor da
delação do ex-executivo Cláudio Mello Filho. Nesta tarde, a Executiva do
PMDB se reuniu para discutir as bandeiras e a gestão do partido no
próximo ano.
Também decidiram divulgaram uma nota de pesar sobre o falecimento do
arcebispo emérito de São Paulo, D. Evaristo Arns. Ficou acertado que a
mudança do nome do partido para MDB será discutida nos Estados e nos
diretórios municipais.
Citações. A assessoria de Moreira Franco divulgou nesta quarta uma
nota desmentindo "boatos" que ele estaria demissionário. "Estou dedicado
a colaborar no lançamento das medidas microeconômicas e no
fortalecimento do programa de concessões. Não abandono lutas quando
acredito nelas", afirma ele na nota.
O jornalista Ricardo Noblat publicou em seu blog, mais cedo,
que Moreira Franco estaria com a carta de demissão pronta para ser
entregue, caso o presidente Michel Temer a peça.
Moreira é citado na delação do ex-diretor da Odebrecht no contexto de
articulações da empresa em interesses na concessão de aeroportos. De
acordo com a revista Veja, Moreira Franco teria recebido R$ 3
milhões para barrar a construção do aeroporto de Caieiras. Na época, ele
era secretário de Aviação Civil do governo de Dilma Rousseff. (AE)
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