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Os especialistas entrevistados pela reportagem do UOL
afirmaram que quem dita a frequência da masturbação é a mulher e o seu
desejo sexual. "O ideal é que seja uma rotina. Todo dia, à noite antes
de dormir. Tem que ser como tomar banho e escovar os dentes. Se quiser
ter orgasmo todo dia, está ótimo", afirma o especialista em ginecologia
Maurício Luiz Peixoto.
Segundo a psiquiatra Carmita Abdo,
coordenadora do Prosex (Programa de Estudos em Sexualidade) da USP
(Universidade de São Paulo), o mais importante é "estar a fim".
"Obrigar-se a se masturbar não é uma prática que vai ter resultados
positivos. Tem que ter disposição. Não é o simples fato de massagear o
clitóris ou fazer incursões com os dedos que vai, sem a excitação,
resultar em bem-estar", diz.
A especialista em Ginecologia e
Obstetrícia, Maria Elisa Noriler, coordenadora do ambulatório de
Ginecologia Endócrina do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila
Nova Cachoeirinha, em São Paulo, recomenda às pacientes não ficar mais
do que sete dias sem atividade sexual. "É um exercício, fazendo mais, a
sensação será melhor, vai melhorar a libido, e vai surgir a necessidade
de fazer regularmente. A mulher tende a se acomodar na sua vida sexual
mais facilmente. Tem que ter estímulo", diz.
Por outro lado,
pessoas que se masturbam três, cinco ou até dez vezes ao dia podem ter
uma compulsão sexual. "Compulsivos sexuais precisam de muita atividade
sexual em curto espaço de tempo. Essas pessoas podem se machucar com o
excesso de fricção, se sentirem mais enfraquecidas fisicamente pelo
gasto de energia. E quando a pessoa se masturba constantemente e não tem
relação sexual pode acabar se acomodando e abrindo mão de um
relacionamento com um parceiro ou parceria", afirma Carmita Abdo.
Ela reitera que não há problema na diminuição dos encontros sexuais se
essa for uma escolha da mulher, "desde que para ela seja satisfatório e
que não sinta falta de uma vida sexual a dois, tudo bem".
Mirthyani Bezerra
Do UOL. em São Paulo
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