O médico Reinaldo de Souza (CRM-PR 25568) atende alergia e imunologia.
Atualmente um terço da população mundial sofre de algum tipo de
alergia e as perspectivas não são nada animadoras. A estimativa dos
estudiosos é que, em poucos anos, metade da população sofra de algum
tipo de alergia.
“É uma epidemia silenciosa que está associada as mudanças no estilo
de vida das pessoas. Alergias antes muito raras, hoje estão cada vez
mais comuns”, afirma o médico Reinaldo de Souza (CRM-PR 25568), que atende alergia e imunologia.
Alergia é toda reação exagerada das defesas do nosso corpo contra
agentes que, a princípio, não deveriam fazer mal. Como os ácaros, por
exemplo, aracnídeos microscópicos que estão presentes na poeira dentro
de casa. Fungos, insetos, pelos de animais, polens, alimentos e
medicamentos também são largamente associados as alergias.
Segundo o médico, a vida urbana, a falta de contato com os chamados
“micróbios bons”, a perda do contato com a terra e com os animais
favorece o aparecimento das alergias.
“A vida urbana, isolada em construções de concreto e vidro nos tirou o
contato dos germes naturais e nos colocou em contato com
micro-organismos estranhos, advindos da poluição, por exemplo”, avalia.
O processo alérgico
A herança genética é a base para se ter alergia. Contudo, ela só se desencadeia com a exposição a fatores ambientais.
“Quando o sistema imunológico reage a um alérgeno, ele produz um
anticorpo chamado imunoglobulina E (IgE), na tentativa de destruir o
alérgeno e se proteger. Contudo, este processo permite que os anticorpos
IgE libere certos produtos químicos, tais como a histamina. O excesso
de histamina no corpo pode provocar uma resposta indesejada que conduz a
pele, nariz, garganta, pulmão e provoca a irritação”, explica o médico.
A alergia é uma reação do organismo na tentativa de se proteger de agentes estranhos
Tipos de alergia
Alergias respiratórias – São as mais comuns. A rinite alérgica, por exemplo, afeta entre 25% e 30% da população brasileira.
A exposição aos alérgenos inalantes como ácaros da poeira de casa,
fungos (mofo), pelos de animais, baratas, pólens e fatores irritantes
(odores fortes, mudanças de temperatura, fumaças e poluição, infecções
causadas por vírus e bactérias, alguns tipos de medicamentos, fatores
emocionais, entre outros), podem desencadear alergias respiratórias,
como a asma e a rinite.
Alergias dermatológicas - As doenças alérgicas de pele, também atingem indivíduos que tenham tendência hereditária (genética).
As
principais manifestações das alergias dermatológicas são: dermatite
atópica, dermatite de contato, urticária, angioedema e estrófulo
(alergia a picadas de mosquitos e pulgas).
Alergias alimentares - A maioria dos casos de
reações adversas aos alimentos são de origem não alérgica, como é o caso
das reações tóxicas (diarreia após ingestão de alimentos com toxinas
bacterianas) e as intolerâncias alimentares (por dificuldade de digestão
do alimento, como nos casos de intolerância a lactose ou glúten).
As principais manifestações de alergia alimentar são: dermatológicas
(urticária, angioedema, dermatite atópica), gastrointestinais (vômitos e
diarreia) e anafilaxia.
Diagnóstico
No consultório, o especialista realiza uma anamnese completa do
paciente, procurando identificar as características da sua alergia e
caracterizar seu estilo de vida, hábitos alimentares e de higiene.
Através do histórico familiar são avaliados os fatores genéticos.
Exames complementares, como testes cutâneos de leitura imediata e de
contato, exames laboratoriais, como dosagem de IgE total e específico,
radiografias, tomografias e outros testes podem ser necessários para
confirmar o diagnóstico.
“O primeiro passo é identificar o agente causador da alergia.
O teste cutâneo é um importante aliado. Gotas concentradas de vários
alérgenos são aplicados na superfície da pele, que recebe uma pequena
picadinha. Se o paciente for alérgico, irá desenvolver uma reação
(vermelhidão) no local do teste”, explica o doutor Reinaldo de Souza.
O teste cutâneo ajuda a identificar os agentes causadores das alergias e é realizado pelo médico no consultório
Tratamento
Quando o paciente está em crise, a primeira medida é aliviar os sintomas. Medicamentos como Anti-histamínicos, corticóides e vasoconstritores podem ajudar a controlar o processo alérgico.
“Medidas de controle ambiental são importantíssimas no tratamento de
alergias, especialmente as respiratórias. No caso das alergias
alimentares, assim que o agente causador é identificado, ele deve ser
retirado completamente da alimentação”, ressalta o médico.
Imunoterapia
Atualmente existem no mercado vacinas com alérgenos que são indicadas
para pacientes que apresentam reações graves a insetos ou são sensíveis
a alérgenos ambientais que apresentam manifestações clínicas como a
asma, a renite e a conjuntivite.
“Somente um médico capacitado pode dizer qual o tipo de alérgeno
realmente afeta o paciente e indicar o tratamento ideal para cada tipo
de alergia. Nunca se automedique e não interrompa o tratamento sem falar
com seu médico. As alergias não tratadas ou tratadas de maneira
incorreta podem se agravar e significar risco de vida ao paciente”,
alerta o doutor Reinaldo de Souza.
Dicas para uma casa saudável
- Ventilação: manter janelas abertas durante o dia. Não tenha receio: vento não faz mal.
- Móveis: o mobiliário deve ser simples, com bordas lisas e de fácil limpeza.
- Colchões e travesseiros: trocar travesseiros uma
vez por ano e preferir modelos com espuma inteiriça. Evitar penas ou
flocos. Encapar colchões e travesseiros com capas especiais contra
ácaros e trocar as roupas de cama semanalmente.
- Animais: evitar no quarto de dormir.
-Cuidados no armazenamento de roupas: lavar roupas guardadas por muito tempo antes do uso.
- Controle de fatores irritantes: evitar fumaça de cigarro, odores e umidade.
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