A
preocupação não só com uma possível epidemia de chikungunya no País esse ano,
como também das sequelas deixadas pela doença, motivou a Sociedade Brasileira
de Reumatologia (SBR) a publicar o 1º Consenso Brasileiro de Diagnóstico e
Tratamento da enfermidade.
Segundo a
coordenadora do documentos, Cláudia Marques, a doença pode causar dores
articulares intensas e incapacitantes em sua fase aguda, podendo ainda evoluir
para a forma crônica, caracterizada por artrite ou dor persistente por mais de
três meses. "As queixas articulares dos pacientes com Chikungunya acometem
sobretudo mãos, punhos, tornozelos e pés", frisa.
Outros
sinais e sintomas, ressalta, são: mialgia (6093%), cefaleia (4081%), dores
axiais, exantema macular/maculopapular (33,6 a 50%), com ou sem prurido
cutâneo, edema de face e extremidades e poliadenopatia - designação genérica
dada às doenças que atingem simultaneamente vários gânglios ou várias
glândulas.
"O
surto que começou forte no início do ano passado deve voltar com toda a carga a
partir deste período e se os médicos não tiverem conhecimento para manejar a
dor dos pacientes, a população irá sofrer. Pode impactar casos de internação em
idosos e crianças, pacientes com imunodeficiências e comorbidades, que tendem a
ter maiores complicações", analisa o presidente da entidade, Georges
Christopoulos.
Na fase
subaguda da doença, os sintomas articulares são os mais prevalentes e ocorrem
em 50% dos pacientes infectados pelo vírus Chikv. Caracteriza-se pela
persistência da artralgia/artrite, bursite, tenossinovite, associado a rigidez
matinal e astenia, com evolução contínua ou intermitente. "A prevalência
de manifestações articulares crônicas após a infecção transmitida pelo mosquito
varia de 14,4 a 87,2%, sendo a magnitude das diferenças na prevalência
atribuídas aos diferentes perfis populacionais e períodos de segmento",
ressalta o médico.
Fonte: Diário do Nordeste
Fonte: Diário do Nordeste
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