Ceará se despede da série B. Multidão recorde para festa alvinegra

Torcida do Ceará se reencontra, no Castelão, e se despede do time em 2017 em clima de celebração e euforia
Pela terceira vez, torcida alvinegra bateu o próprio recorde de público da série B. Depois do acesso do time, ontem o espetáculo foi da massa MATEUS DANTAS

A torcida do Ceará foi ao Castelão na tarde de ontem não para ver o time do coração se despedir contra o ABC da vitoriosa temporada 2017, mas para uma festa. Uma semana após garantir o acesso à Série A, o Alvinegro reencontrou 56.999 de seus fanáticos adeptos simplesmente para celebrar. Depois da conquista do time, ontem o feito foi dos torcedores, que quebraram a própria marca como maior público da série B, conquistada anteriormente pelos mais de 45 mil presentes contra o Paysandu.

O jogo em si foi protocolar acessório diante da festa, que começou muito antes de a bola rolar. A felicidade pelo acesso estava estampada por quem passava congestionadas avenidas de acesso ao Castelão. Seja quem ia ouvindo músicas da torcida no conforto do ar-condicionado do carro ou quem chegou cedo para saborear a cachacinha no sol inclemente.

Além das camisas alvinegras, muitos na torcida portavam como adereços tudo aquilo que considerassem símbolos do acesso. Desde balões dourados com um número 1 ou a letra A até os cavalinhos do Fantástico — bonequinhos gaiatos que correm para mostrar classificação do Brasileirão na TV do domingo à noite.

Quem via de fora e não sabia o que se passava imaginaria que dentro daquele ônibus conduzindo o time ao estádio estavam os Rolling Stones em direção a mais um megashow. O trajeto vagaroso era interrompido pela euforia de quem desejava ter o aceno retribuído.

Os que esperavam o desembarque no estádio se acotevelavam nos gradis em busca de um cumprimento. Os mais felizardos chegaram a tocar os atletas. Os nomes mais gritados, como de costume, foram os de Magno Alves, Ricardinho e Éverson. Até Pio, que nem jogou ontem, teve momento de se sentir em um tapete vermelho de Hollywood. Mas, ninguém foi mais aclamado que Marcelo Chamusca.

Com o nome gritado, o treinador era só sorrisos, cumprimentando a todos que seus braços conseguiam. Mosaico

Pouco antes do apito inicial, na entrada dos times, surgiu o mosaico vertical preparado pela torcida. No gramado, o ressaqueado Ceará e o rebaixado ABC pouco fizeram jus ao espetáculo das arquibancadas.

O gol de Maikon Leite, quando o jogo já caminhava para o fim, fez a torcida voltar a festejar. A vitória por 1 a 0 foi apenas mais uma das cerejas do bolo do acesso. Doces de uma festa que não poderia ter sua perfeição maculada com um empate sem gols.

Ao final, mais festa e troca de afagos entre campo e arquibancada.

Antes de ir à Esplanada do Castelão para assistir a um show musical, os torcedores celebraram — mais uma vez — perto dos atletas. Festa encerrada desejos de um 2018 na Série A de tanto sucesso quanto o ano que, para o Ceará, já passou.

O POVO Online
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Sobre jaguarverdade

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