Polícia desarticula pirâmide financeira que gerou prejuízo de R$ 5 milhões a 500 vítimas no Ceará

Empresa recebia, no mínimo, R$ 6.750 de cada pessoa e prometia lucros de 300% ao ano. Seis pessoas são investigadas.

Por G1 CE
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A Polícia Civil desarticulou nesta quinta-feira (7) um esquema de pirâmide financeira que movimentou cerca de R$ 5 milhões de mais de 500 vítimas no município de Iguatu, na região Sul do Ceará.

As vítimas investiam, no mínimo, R$ 6.750 com a promessa de lucrar 30% ao mês e mais de 300% ao ano, conforme a secretaria da Segurança Pública. No entanto, os investidores pararam de receber o dinheiro de volta e procuraram a polícia.

Seis pessoas responsáveis pelo esquema são investigadas pelos crimes de associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro, segundo a Secretaria. Durante uma operação, nomeada "Pirâmide", a Polícia Civil aprendeu sete veículos, quatro carros, duas motos e um reboque.

A Delegacia Regional de Iguatu recebeu várias denúncias de pessoas que foram atraídas a investir na empresa. O pagamento do valor e o recebimento dos lucros eram feitos por meio de dinheiro em espécie, diretamente com os responsáveis pela pirâmide.

Durante as investigações, que duraram três meses, a polícia constatou que os lucros não eram verdadeiros. "Estima-se que mais de 500 pessoas tenham participado desse negócio e que mais de cinco milhões de reais tenham sido movimentados pelos líderes do esquema", informou a Secretaria da Segurança.

Bloqueio de bens

Diante das provas, a polícia solicitou junto ao Poder Judiciário as medidas cautelares para que as vítimas sejam ressarcidas e os investigados respondam criminalmente. A Justiça decretou o bloqueio dos bens móveis e imóveis e a hipoteca legal de duas casas, além de outras medidas cautelares, com a finalidade de assegurar que os investigados possam ressarcir todo o prejuízo causado às vítimas.

Os veículos apreendidos foram encaminhados para um depósito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e ficarão à disposição da Justiça para um possível leilão. Os imóveis hipotecados também servirão para garantir o ressarcimento das vítimas.

Se condenados, os investigados pegar até 20 anos de prisão, conforme a Secretaria. A indentificação dos suspeitos não foi divulgada.
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