Número é superior à média registrada em 2017, de 14 homicídios por dia e 5.134 no ano.
Por G1 CE
Conselho de Segurança cobra mais empenho no combate à violência no Ceará
Depois de um ano considerado extremamente violento no Ceará, com média de 14 homicídios por dia em 2017, nos primeiros 11 dias de 2018 o estado já registra 200 assassinatos, o que representa 18 casos por dia. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (12), pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, em dezembro de 2017 ocorreram 450 mortes violentas no Ceará em dezembro e 5.134 durante todo o ano, o mais violento já registrado no Ceará.
Para o presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública falta ao estado um plano efetivo de segurança para coibir a onda crescente de violência. “Nós percebemos que não existe um Plano de Segurança Pública e nós queremos saber, efetivamente, qual plano é, afinal de contas, nós estamos chegando ao apogeu, nós batemos todos os recordes”, ressalta o advogado Leandro Vasques.
A quantidade de homicídios cresceu 50,7% em relação a 2016, quando a Secretaria de Segurança havia confirmado 3.407 homicídios em todo o estado. O maior aumento ocorreu em Fortaleza, com 96,4% mais mortes em 2017 que em 2016; foram 1.978 assassinatos no ano passado e 1.007 nos 12 meses anteriores.
Grupos criminosos
Secretaria anuncia força-tarefa para combater facções após com recorde de violência
De acordo com o secretário de Segurança André Costa, o crescimento está relacionado a regiões onde existe a interferência de grupos criminosos.
"O aumento dos homicídios tem sido resultado dessas disputas de facções criminosas". Para ele, o estado sozinho não pode dar conta do problema. "Precisamos que o Governo Federal cumpra seu papel de financiar a segurança pública do governo do estado. Até agora, o investimento é feito todo praticamente com recursos próprios", alegou.
Parceria entre as secretarias da Segurança, Justiça e o Ministério Público a fim de montar uma força-tarefa para enfrentamento aos grupos criminosos foi uma das alternativas apresentadas pelo secretário.
"A gente não pode lidar com as organizações criminosas sem conhecer. É preciso equipar a Inteligência do estado e unir esforços. Precisa estudar, é o que estamos fazendo, para enfrentar o fenômeno de forma responsável e correta", acrescentou França Pinto. A promotora informou também que a força-tarefa está em fase de elaboração, com reuniões entre os órgãos.
0 comentários:
Postar um comentário