O
Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou como "positivas" as medidas
anunciadas pelo governo interino do Brasil, especialmente por
enfatizarem a estabilização da trajetória da dívida em um período que
classificou como "difícil" para o país.
"Claro, esperamos que as muito necessárias reformas econômicas possam
ser aplicadas com prontidão para ajudar o Brasil a superar o atual
contexto difícil", afirmou o porta-voz do órgão, Gerry Rice, em
entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira. "Achamos que os
anúncios feitos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foram
positivos."
Meirelles indicou que a prioridade do governo é reduzir o déficit
fiscal e a dívida pública, que classificou como "insustentável". Uma das
primeiras medidas tomadas é o corte de 4.000 cargos comissionados até o
fim deste ano.
"O FMI tem afirmado de forma repetida que o Brasil deveria fortalecer
a macroeconomia, algo essencial para o retorno da confiança e do
investimento, e isso inclui metas de inflação e responsabilidade
fiscal", afirmou Rice aos jornalistas. "Nesse sentido, damos boas-vindas
à ênfase do ministro Meirelles sobre a necessidade de estabilizar a
trajetória da dívida e preservar o sistema de seguridade social através
de reformas que garantirão a sustentabilidade financeira a longo prazo."
No entanto, Meirelles antecipou que as medidas mais duras, dentro do
"importante plano de ajuste" que está sendo preparado, terão de esperar
até que o novo governo conheça a real situação deixada pela presidente
afastada Dilma Rousseff.
(Com EFE)
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