Só em junho a Boa Vista registrou aumento de 20,2% na quebradeira de empresas comparativamente a maio (Foto: Estadão Conteúdo)
De janeiro a junho um contingente de 1.098 empresas quebraram no
Brasil sob os impactos da crise que assola a economia, revela
levantamento da Boa Vista SCPC - Serviço Central de Proteção ao Crédito.
O número representa um aumento de 26,5% sobre o total de empresas que
pediram falência no primeiro semestre do ano passado. Só em junho a Boa
Vista registrou aumento de 20,2% na quebradeira de empresas
comparativamente a maio e crescimento de 22,8% na comparação com o mesmo
mês de 2015.
As falências decretadas também fecharam o semestre em alta. Subiram
11,3% na comparação com os decretos contabilizados de janeiro a junho de
2015. Em junho, comparativamente ao mesmo mês no ano passado, os
decretos de falências cresceram 0,9%. Já em relação a maio, caíram
15,6%.
A Boa Vista SCPC também tabulou os dados relativos aos pedidos de
recuperação judicial e recuperações judiciais deferidas. Os pedidos
crescerem 113,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo
período do ano passado e os deferimentos cresceram 118,8% na mesma base
de comparação.
"O crescimento das falências no primeiro semestre de 2016 é bem mais
significativo do que o observado no primeiro semestre de 2015, quando os
pedidos acumulavam alta de 9,25", dizem os técnicos da Boa Vista SCPC.
Para eles, a fraca atividade econômica e os elevados custos atingiram
fortemente o caixa das empresas ao longo de 2015. Naquele ano os pedidos
de falência cresceram 16,4%, enquanto as recuperações tiveram alta de
51%.
"A tendência de alta não só continuou como se intensificou neste
primeiro semestre do ano. Sem previsão de mudança no cenário
macroeconômico em 2016, os indicadores parecem conservar, de forma mais
intensa, a tendência observada ao longo de 2015", afirmaram. (AE)
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