Medicamento à base de cannabis (Maconha) já é permitido em mais de 40 países

No Brasil, a importação da substância foi autorizada em 2014 e os pacientes já podem ter acesso ao tratamento gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

Um quinto da maconha usada no Brasil tem origem doméstica
Só nas Américas do Sul e Central, quatro países já autorizaram o tratamento: Brasil, Porto Rico, México e Paraguai.
O Canadá foi o primeiro país do mundo a autorizar o uso medicinal da maconha, em 1997. Desde então, foram desenvolvidos muitos estudos sobre as substâncias contidas na planta e os benefícios no tratamento de doenças.

Entre as descobertas, está o canabidiol (CBD), com propriedades que auxiliam, principalmente, no controle de doenças neurológicas em que o paciente não responde ao medicamento farmacêutico tradicional, como a epilepsia refratária, desordem cerebral que gera convulsões repetidas.

“Quando não tratada, além de ter risco de morte, a epilepsia causa diversos danos ao cérebro que reduzem ou prejudicam o desenvolvimento físico e mental dos pacientes. Por isso, para os casos graves, pode haver indicação do canabidiol. Há registros de pacientes que tinham mais de 50 ataques de epilepsia por dia e, após iniciar o tratamento, ficaram cerca de dois meses sem manifestar o problema”, revela o médico Stuart Titus, CEO da Medical Marijuana, Inc, empresa pioneira na fabricação de medicamentos à base da substância extraída da cannabis.

Os significativos resultados em estudos científicos e clínicos permitiram a importação do canabidiol em mais de 40 países. Só nas Américas do Sul e Central, quatro países já autorizaram o tratamento: Brasil, Porto Rico, México e Paraguai. Atualmente, o governo brasileiro inclusive subsidia o medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

"A indústria do canabidiol está passando por um crescimento significativo nos países das Américas do Sul e Central, enquanto uma mudança nas atitudes públicas, o desenvolvimento legislativo e uma maior conscientização das propriedades medicinais da substância continuam. À medida em que mais países liberam o uso do medicamento, mais pacientes são beneficiados pelo tratamento”, finaliza Titus.

 DA REDAÇÃO
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