Por Jovem Pan
fonte: Cecília Bastos/USP Imagens
Serão avaliadas as reações em dez tipos de
câncer: cabeça e pescoço, mama, pulmão, colo, fígado, pâncreas,
melanoma, estômago, colo uterino e próstata
Começam nesta segunda-feira (25) os testes em humanos
com a fosfoetanolamina, o composto que ficou conhecido como a "pílula
do câncer". As atividades estarão concentradas no Instituto do Câncer do
Estado de São Paulo, e a substância será utilizada por 10 pacientes.
Esse primeiro grupo determinará a segurança da dose, e se não houver
efeitos colaterais, a pesquisa muda de fase, abrangendo mais 200
pacientes.
Serão avaliadas as reações em dez tipos de câncer: cabeça e pescoço,
mama, pulmão, colo, fígado, pâncreas, melanoma, estômago, colo uterino e
próstata. Os testes devem avançar e, se os resultados obtidos nas fases
forem positivos, mil pessoas participarão do processo, recebendo doses
da pílula.
Para o governador de São Paulo, essa fase é fruto de trabalho dos
pesquisadores e vem sendo aguardada com muita expectativa. "Primeiro
houve aprivação pela Faculdade de Medicina e depois agora pela Conep. E
começa o trabalho na segunda-feira. Estamos com bastante esperança que
isso possa trazer um avanço no tratamento", disse Geraldo Alckmin.
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Os testes com 210 pacientes devem durar seis meses, e só começaram
após aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério
da Saúde. Paulo Hoff, oncologista e diretor-geral do Instituto do Câncer
do Estado de São Paulo, descreveu como será o procedimento: "benefício
tende a acontecer nos primeiros dois a quatro meses. Pacientes que não
tiverem benefícios em quatro meses, dificilmente apresentarão benefício
tardio. isso para qualquer tipo de tratamento contra o câncer. Mas vamos
dar ao produto toda a possibilidade para que mostre o benefício, o
tempo que for necessário".
Defensor público que acompanhou todo o processo que antecedeu a
liberação dos testes em humanos disse que o uso da terapia não pode ser
negado.
Daniel Macedo defendeu que os testes clínicos sejam realizados de
forma séria para constatar a segurança da "pílula do câncer": "não estou
dizendo que a fosofetanolamina é a cura do câncer. Não estamos
afirmando o abandono dos tratamentos convencionais. O que queremos é que
ocorra os testes clínicos, com credibilidade".
A Furp (Fábrica de Remédios do Governo do Estado), encaminhou para os
testes no Icesp a substância sintetizada em um laboratório de
Cravinhos. Segundo o governo, o pesquisador da USP de São Carlos,
Gilberto Chierice,que iniciou a produção da substância, acompanha essa
fase de testes
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