Saiba quem são os brasileiros suspeitos de planejar atentado

Confira os nomes de 14 alvos da operação Hashtag


O grupo de brasileiros alvo da Operação Hashtag da Polícia Federal, que prendeu dez pessoas sob suspeita de planejar ataques terroristas durante a Olimpíada, inclui catorze nomes: Alisson Luan de Oliveira, Antonio Andrade dos Santos Junior, Daniel Freitas Baltazar, Hortencio Yoshitake, Israel Pedra Mesquita, Leandro França de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Marco Mario Duarte, Matheus Barbosa e Silva, Mohamad Mounir Zakaria, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Valdir Pereira da Rocha e Vitor Barbosa Magalhães.

Levantamento de VEJA publicado esta semana revela que 32 brasileiros juraram fidelidade ao Estado Islâmico. Vitor Magalhães e Antônio Andrade dos Santos estão entre eles, como mostra a foto acima. Há pouco mais de um mês, VEJA revelou a existência de um relatório de inteligência do serviço secreto brasileiro que indicava a existência de células do Estado Islâmico no Brasil.
 

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A Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelos brasileiros em redes sociais, especialmente via Telegram e Whatsapp, e detectou que havia o risco real de se repetirem no Rio atos extremistas como o que vitimou 50 pessoas na boate Pulse, em Orlando, há pouco mais de um mês. As ordens do grupo virtual “Defensores da Sharia” eram para adquirir armamento, treinar tiro ao alvo e iniciar ou ampliar treinamento em artes marciais.

Um dos investigados entrou em contato, por e-mail, com um fornecedor de armas clandestinas no Paraguai, solicitando a compra de um fuzil AK-47. As mensagens trocadas entre o admirador do Estado Islâmico e o fornecedor de armas estão em poder dos investigadores. Apesar de as conversas entre o grupo indicarem que o ataque terrorista deveria ser feito a tiros, a Polícia Federal não encontrou articulação mais sólida entre eles para financiarem seus atos. “Houve pedido do líder [da célula terrorista] para que começassem a pensar uma forma de financiamento, mas não houve [o financiamento em si]”, relatou o ministro. Nas mensagens captadas até o momento, não havia referência a atentados a bomba.

Nas conversas monitoradas com autorização judicial, os suspeitos, que em parte utilizavam nomes fictícios para se identificarem, também discutiam táticas de guerrilha e propagavam intolerância racial, de gênero e religiosa. Pelo menos um menor de idade participava das conversas, enquanto dois dos brasileiros investigados já haviam sido condenados por homicídio. Foram interceptadas mensagens de comemoração pelas execuções feitas pelo grupo extremista no Oriente Médio e pelos recentes massacres em Orlando e em Nice.

As prisões e buscas contra a célula do Estado Islâmico no Brasil foram realizadas no Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Uma ONG com atuação na área humanitária também é investigada por evidências de que fez palestras que incitavam o público a favor do Estado Islâmico. O presidente da instituição foi levado coercitivamente para prestar esclarecimentos.

O recrutamento do grupo preso nesta quinta-feira foi feito via internet, prática habitual do Estado Islâmico. Não houve contato direto do grupo de brasileiros com terroristas do grupo, embora um dos integrantes da célula no Brasil tenha informado nas mensagens trocadas que estaria disposto a viajar ao exterior para se encontrar com líderes extremistas.

Em junho, VEJA já havia revelado a existência de um relatório reservado em que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estipulava em 4, numa escala de 1 a 5, o nível de ameaça terrorista ao Brasil durante os Jogos Olímpicos do Rio.
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Sobre jaguarverdade

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