
O site
oficial da Operação Lava Jato, criado há pouco mais de um ano pela Secretaria
de Comunicação da Procuradoria Geral da República (PGR), já ultrapassou a marca
de 2,1 milhões de acessos.
Lançado com
o objetivo de garantir a transparência e prestação de contas do trabalho já
realizado, o endereço eletrônico também se transformou em uma base de dados e
informações relevantes sobre as investigações.
No site, os
internautas podem entender os casos e conhecer o histórico da operação tanto na
primeira instância, em Curitiba, quanto nas instâncias superiores – Superior
Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal -, que são as Cortes
responsáveis pelo julgamento de pessoas com prerrogativa de foro –
governadores, deputados, senadores, ministros.
Dois anos de
Lava Jato
A operação,
deflagrada em março de 2014, desmontou um esquema de corrupção e de desvio de
recursos dentro da Petrobras. Até o início do mês de julho, os procuradores da
República que atuam na primeira instância já ofereceram 44 acusações criminais
contra 216 pessoas pelos crimes de corrupção (ativa e passiva), organização
criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros.
Os crimes
envolvem o pagamento de propina de aproximadamente R$ 6,4 bilhões. Com o avanço
dos trabalhos, o MPF já conseguiu bloquear R$ 2,4 bilhões em bens de réus e
recuperar, por meio de acordos de colaboração premiada e de leniência, R$ 2,9
bilhões. Deste total, R$ 2,3 bilhões se referem à multas, renúncia e indenização;
e outros R$ 659 milhões foram objeto de repatriação.
Já foram
instaurados 1.291 procedimentos em 32 fases até o momento, sendo 643 buscas e
apreensões, 175 mandados de condução coercitiva, 74 prisões preventivas e 91
prisões temporárias. Além disso também já foram firmados 61 acordos de
colaboração premiada com pessoas físicas, 5 acordos de leniência com empresas e
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com uma instituição financeira.
Acesso à
informação
Todos os
números estão disponíveis no site da Lava Jato, onde também é possível
encontrar a íntegra das denúncias apresentadas em primeira instância, fluxo da
investigação, artigos produzidos pelos procuradores, notícias sobre a operação
e rol de perguntas e respostas sobre o caso.
Para o
procurador da República e coordenador da força-tarefa Lava Jato em Curitiba,
Deltan Dallagnol, a dimensão da Lava Jato intensificou três necessidades de
comunicação social no caso: prestar contas da atuação do Ministério Público,
conferir transparência à isenção do trabalho e trazer um diagnóstico seguro da
corrupção descoberta, para que a sociedade possa reagir e cobrar a implantação
efetiva de iniciativas que possam tratar das falhas dos sistemas de justiça
criminal e político que a propiciaram, para que escândalos como esse não
ocorram novamente.
“Diante da
dimensão, gravidade e complexidade dos fatos descobertos e comprovados na Lava
Jato, era necessário usar todos os mecanismos disponíveis para oferecer para a
sociedade um mundo de informações de modo seguro, oficial e didático”, destacou
o procurador.
No endereço
eletrônico também é possível conhecer quem são os procuradores que atuam tanto
na primeira instância quanto na Cortes superiores.
Ainda estão
disponíveis um canal de comunicação para os usuários por meio do e-mail
contatolavajato@mpf.mp.br , onde podem ser feitas denúncias relacionadas ao
caso, e o Portal de Combate à Corrupção do MPF, que r
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