Senadores
dizem que Dilma não está sendo convincente em seus argumentos para
desmontar a tese da acusação (Foto: Marcos Oliveira/ Ag Senado)
No
intervalo da sessão em que a presidenta afastada Dilma Rousseff
apresenta sua defesa no julgamento do impeachment, o líder do PMDB,
Eunício Oliveira (CE), afirmou que, apesar das críticas dela ao governo
Temer e a parlamentares governistas, o voto dos senadores não deve
mudar. "Pode comover alguns lá fora, aqui dentro não", afirmou.
Senadores favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma dizem que ela
tem dado respostas muito técnicas e que, até então, não está sendo
convincente em seus argumentos para desmontar a tese da acusação de que
cometeu crime de responsabilidade.
O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), que será o primeiro a fazer
perguntas após o intervalo, acha que faltou tom emocional ao discurso.
Além dele, pelo menos, mais 38 senadores devem fazer perguntas ainda
hoje à presidenta afastada. Como cada um tem cinco minutos para
inquiri-la e ela não tem limitação de tempo para responder, a
expectativa é que esta fase invada a madrugada.
Embora reconheçam que Dilma Rousseff dificilmente sairá vitoriosa do
processo, senadores contrários ao impeachment, como Randolfe Rodrigues
(Rede–AP) destacam que a presidenta afastada fez nesta segunda-feira
(29) um discurso histórico.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ressaltou que o discurso de Dilma
foi “sereno respeitoso, mas contundente e forte, sem deixar de dizer que
esse processo é uma farsa”.
Antes de interromper a sessão para o almoço, o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comanda a sessão no
Senado, elogiou a "objetividade das perguntas" e o respeito no
tratamento entre os senadores e a presidente afastada. Segundo o
magistrado isso " garantiu o alto nível" da sessão”.
Ausências
Diferentemente dos últimos dias, hoje, o plenário do Senado está
lotado de parlamentares, convidados, jornalistas e assessores. Dois
senadores estão ausentes: Wellington Fagundes (PR-MT), que está
internado em um hospital particular na capital federal desde a noite de
sábado (27), quando sentiu-se mal durante a sessão. Já o senador João
Alberto Souza (PMDB-MA) está no Maranhão, mas, segundo a assessoria de
seu gabinete, chega ainda nesta tarde a Brasília.
Câmara
A expectativa é que na parte da tarde, pela primeira vez, o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acompanhe a
sessão do plenário do Senado. A assessoria do parlamentar no entanto,
não confirma a informação. (ABr)
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