Alan Ruschel teve melhora no quadro de saúde e até brinca com os médicos na UTI; estado do zagueiro Neto é o que mais preocupa os médicos

O jogador Alan Ruschel da Chapecoense recebe
atendimento médico após um acidente de avião em Antioquia, na Colômbia -
29/11/2016 (Guillermo Ossa/Reuters)
Dos quatro brasileiros que sobreviveram à
queda do avião da LaMia e continuam internados em Medellín, o zagueiro
Neto é o que inspira maiores cuidados, segundo os médicos, que
divulgaram novo boletim neste domingo para informar sobre o estado de
saúde dos jogadores da Chapecoense.
O zagueiro é o único que continua entubado. Neto, que foi o
último a ser resgatado do acidente com vida, está com pneumonia e ainda
depende de ventilação mecânica para respirar. E deve permanecer assim
por até 48 horas.
Já o lateral Alan Ruschel evoluiu bem e até brinca com os
médicos da UTI: pediu até um churrasco — ele disse que estava com
vontade de comer carne. Ruschel conversa bastante com os médicos, falou
com familiares que estão em Medellín e foi comunicado do que aconteceu.
O goleiro Jackson Follmann, que teve a perna direita
amputada, continua mostrando evolução segundo os médicos, que já
descartaram amputar a outra perna do jogador. Follman, que pode sair da
UTI nesta semana, sofreu uma lesão na coluna e terá de passar por uma
cirurgia devido a uma fratura na segunda vértebra. Dependendo da
evolução, a cirurgia na coluna pode até ser feita no Brasil.
Outro sobrevivente brasileiro do acidente que matou 71
pessoas na última terça-feira é o jornalista Rafael Henzel, que também
já respira sem ajuda de aparelhos, embora continue com uma infecção
pulmonar. Os médicos ainda consideram o estado de Henzel como “crítico”,
mas ressaltaram uma evolução nos últimos dias.
Segundo os médicos, não há previsão para que os
sobreviventes sejam transferidos para o Brasil. Os três jogadores e o
jornalista precisam, primeiro, sair da UTI e ir para um quarto normal.
“Até amanhã (segunda-feira) nenhum deles sai da UTI. Fazemos planos para
cada 24 horas, porque pacientes de UTI estão em estado crítico, é muito
dinâmico”, disse o intensivista Edson Stakonski.
Além dos quatro brasileiros, também sobreviveram ao acidente
dois tripulantes bolivianos, Ximena Suárez e Erwin Tumiri, este último
que, inclusive, já recebeu alta médica.
(Com Estadão Conteúdo)
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