Tiros disparados pelo filho da policial militar deixaram dois alunos mortos e quatro feridos. Pai prestou depoimento à polícia nesta segunda-feira (23).
Por Paula Resende, G1 GO
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/7/Z/Hy7uQmRwWEuTU0EIUBAA/googlr.jpg)
Adolescente suspeito de efetuar disparos está apreendido em delegacia de Goiânia (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
A mãe do adolescente de 14 anos apreendido por atirar dentro da sala de aula do 8º ano do Ensino Fundamental está internada desde o dia do atentado no Colégio Goyases, em Goiânia, segundo informou a advogada da família, Rosângela Magalhães, nesta segunda-feira (23). Os tiros disparados pelo filho da policial militar deixaram dois alunos mortos e quatro feridos.
Devido à situação da mãe, ela ainda não viu o filho desde que a tragédia aconteceu. A advogada não informou em qual hospital a cliente está e disse não saber se há previsão de alta.
O pai do menino, que tambem é policial militar, prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) na manhã desta segunda. "Ele [pai] estava sereno, tranquilo, mas muito abalado com o que aconteceu. Ninguém sabia que ele [filho] sofria bullying, foi uma surpresa para todos", disse o escrivão Marcos Paulo Passos, que colheu o depoimento.
Após a oitiva, o pai não quis falar sobre o assunto com a imprensa. "Eu pretendo falar em outra oportunidade, em outro momento", disse.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/T/e/R6BWbWTHGT8KBdEzdN7Q/pai.jpg)
Pai de aluno que atirou em colegas na escola presta depoimento em delegacia de Goiânia (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Ao G1, a advogada havia contado que o adolescente "está arrependido". "Ele está abalado, como o pai, a mãe, todo mundo. A mãe está internada, o pai visivelmente não está bem. Ninguém imaginava que isso pudesse acontecer”, disse a advogada.
A Justiça acatou pedido do MP e determinou a internação provisória do estudante por 45 dias. A sessão para definir a sentença do menor deve ocorrer no Juizado da Infância e Juventude, em Goiânia, mas ainda não tem data marcada.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/t/d/kLALAZQyu9ngsrMm6OTw/maite.jpg)
Colégio Goyases suspendeu aulas após a tragédia (Foto: Sílvio Túlio/ G1)
Tiros
O crime aconteceu no fim da manhã de sexta-feira (20) em uma sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia. Os tiros foram disparados no intervalo entre duas aulas.
Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, responsável pelo caso, o autor dos disparos disse que sofria bullying de um colega e, inspirado em massacres como o de Columbine, nos Estados Unidos, e o de Realengo, no Rio de Janeiro, decidiu cometer o crime. O adolescente pegou a pistola .40 da mãe e a levou para a unidade educacional dentro da mochila.
Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, de 13 anos, morreram no local. Os outros quatro alunos baleados foram socorridos e levados a hospitais de Goiânia. Um deles, Hyago Marques, recebeu alta no domingo e já se recupera em casa; os outros três seguem internados.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/D/u/6HB8IATcyiucugUA73kA/montagem-vitimas.jpg)
João Pedro Calembo (à esquerda) e João Vitor Gomes foram mortos a tiros durante ataque em colégio de Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
0 comentários:
Postar um comentário