O que Paula Fernandes contou sobre vida sexual ainda gera debate, mas não deveria

 ESCRITO POR BRUNA ALENCAR
RAQUEL CUNHA / TV GLOBO

A cantora Paula Fernandes revelou que nunca fez sexo no primeiro encontro e que seu primeiro beijo foi quase aos 20 anos de idade, depois da adolescência, como costuma acontecer com a maioria os jovens.

"Nunca transei no primeiro encontro, sou 'caxias'. Tem gente que não acha isso bom, mas você tem que fazer o que você acha bom para você, o que vai te fazer bem. Nem beijo no primeiro encontro, sou romântica”, contou à jornalista Fernanda Catania, mais conhecida como Foquinha, durante a participação da cantora no quadro ‘Eu nunca’, em seu canal no Youtube.

Mais importante do que saber se Paula Fernandes já transou ou não no primeiro encontro é o ensinamento que ela deixa para todas as jovens: aprender a respeitar o seu próprio tempo.

A mensagem é importante uma vez que, ainda hoje, as mulheres são pressionadas a adotarem certos comportamentos sexuais. Se antes elas deviam "se guardar" e "se dar ao respeito", recusando o sexo, agora quem escolhe fazer isso é tida como puritana e conservadora.

No final, o que mudou foi apenas o parâmetro do que é correto, mas o controle sobre a sexualidade da mulher continua quase o mesmo. É graças a isso que declarações como a da cantora ainda geram tantas reações e opiniões, positivas e negativas.

Quando é a hora certa de transar?

Não existe resposta certa para essa pergunta. O tempo para se iniciar na vida sexual quem dita é o seu corpo e quão segura e confiante você se sente em relação ao seu parceiro(a).

Segundo a psicóloga do Instituto Paulista de Sexualidade Giovanna Lucchesi, a mulher ainda é mal-vista dependendo de seu comportamento sexual. "O sexo adquiriu novas proporções e começou a desempenhar um papel importante na qualidade de vida. No entanto, o conceito de que mulher que faz sexo no primeiro encontro não é uma parceira adequada para um compromisso sério ainda é visto nos dias atuais", ressalta.

DENISPRODUCTION.COM / SHUTTERSTOCK

A profissional defende que, graças a esse discurso social, muitas mulheres reprimem desejos por medo de serem rotuladas. Por outro lado, diz Lucchesi, há também quem prefira adiar o sexo até desenvolver uma intimidade com o(a) parceiro(a).

Essas tampouco são poupadas de julgamentos: são muitas vezes acusadas de aceitar a cultura machista ou de temer fazer as próprias escolhas - como se escolher não transar fosse uma decisão menos válida.

No final das contas, a resposta é buscar separar o que é influência externa e o que é vontade genuína e buscar fazer aquilo que te agrada. "O interessante é que a mulher se sinta confortável com qualquer atitude que venha ter em relação ao sexo", defende a profissional.
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Sobre jaguarverdade

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