Ao menos 260 corpos foram recuperados pelos serviços de emergência israelenses na região do deserto perto da Faixa de Gaza, onde centenas de jovens frequentavam um festival de música eletrônica na madrugada de sábado (7), quando membros do grupo islâmico palestino Hamas invadiram o local atirando. Um porta-voz do ZAKA, grupo de voluntários que recupera restos humanos após ataques e outras catástrofes, confirmou à imprensa israelense neste domingo (8) que mais de 260 corpos já foram recolhidos do local, situado perto do kibutz Reim, no sul de Israel e perto de Gaza.
Centenas de pais aguardam desesperadamente desde sábado notícias dos filhos desaparecidos no massacre que chocou Israel. Neste domingo, muitos se dirigiram à delegacia da polícia na cidade de Lod, perto do aeroporto Ben Gurion, que foi disponibilizada como centro de informação sobre os desaparecidos.
– Vim salvar a minha filha, que foi raptada em Gaza. Vi um TikTok que a mostrava rodeada de terroristas – disse um pai israelense, que pediu anonimato.
O homem teve contato com a filha, de 30 anos, pela última vez quando ela estava em um festival de música no deserto do sul de Israel celebrando o Sukkot, uma festa judaica. O festival foi interrompido pela sirene de aviso de um ataque de mísseis e imediatamente grupos de milicianos armados em caminhonetes abriram fogo em todas as direções.
Israel declarou o estado de guerra no sábado, após o Hamas ter lançado um ataque múltiplo por terra, mar e ar que pegou o país de surpresa em uma escala sem precedentes, lançando milhares de mísseis e incursões terrestres em solo israelense, onde dezenas de cidadãos foram massacrados e raptados. Em dois dias, os números em Israel já passam de 700 mortos e 2.200 feridos, e podem aumentar à medida que as tropas de Israel recuperam o controle das zonas tomadas pelo Hamas. Os serviços de emergência não esclareceram se alguns dos 260 corpos recuperados estão ou não incluídos no número total de mortos. Por outro lado, os fortes bombardeios israelenses em resposta a Gaza deixaram mais de 430 mortos e 2.300 feridos.
Por Leiliane Lopes
Foto: EFE/EPA/MOHAMMED SABER
*EFE
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