A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) classificou de "barbárie" o estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no último final de semana, na Zona Oeste do Rio.
"Os atos repulsivos demonstram, lamentavelmente, a cultura machista que
ainda existe, em pleno século 21", diz a entidade em nota.
"Um estupro coletivo, com requintes de crueldade, no qual vários
indivíduos perpetuaram a humilhação expondo, nas redes sociais, a dor da
vítima", afirma a entidade.
A OAB-RJ atenta ainda para o fato de que, para cada caso público de
estupro, tantos outros permanecem ocultos, sem repercussão. "Precisamos
lutar contra a violência em cada lar, em cada comunidade, em cada
bairro. A revolta e a mobilização são claros indícios de que a
indignação social se faz fortemente presente", diz a nota.
Quatro envolvidos no caso tiveram suas prisões decretadas pelas Justiça.
Entre eles está Lucas Perdomo Duarte Santos, de 19 anos. Ele era colega
de escola da garota, no Colégio Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá,
na zona oeste da cidade. Em depoimento à polícia, ao qual o site de VEJA
teve acesso, C. disse que na noite do último sábado, dia 21, foi para a
casa do rapaz, mas acordou em outra residência, no mesmo Morro da
Barão, já cercada por 33 homens armados com fuzis e pistolas, nua e
machucada.
Diante do ocorrido, a OAB-RJ afirma que frases machistas, piadas
sexistas e propagandas que tornam a mulher um objeto sexual devem ser
combatidas, "sob o risco de se tornarem potenciais incentivadoras de
comportamentos perversos". A entidade está oferecendo assistência
jurídica à família e afirma esperar que a lei prevaleça na punição aos
responsáveis.
(Com Estadão Conteúdo)
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