Marlene Bergamo - | ||
A presidente afastada Dilma Rousseff durante entrevista dada à Folha no fim de maio |
Embora dirigentes do PT duvidem das chances de o partido voltar ao
Palácio do Planalto neste ano, o presidente do partido, Rui Falcão,
divulgou nesta segunda-feira (1º) uma nota em que diz "repudiar" a ideia
de que o partido teria abandonado a presidente afastada, Dilma
Rousseff.
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Na nota, publicada no site do partido, Falcão diz que o partido
"reafirma seu compromisso integral na luta pelo retorno à Presidência da
companheira Dilma".
Apesar da manifestação pública, integrantes da cúpula do PT reconhecem "uma fadiga" para a defesa do mandato de Dilma.
Nas palavras de um deles, ninguém acredita numa mobilização capaz de
levar Dilma de volta à Presidência, nem nas chances de vitória no Senado
Federal. Nesta terça (2), o Senado retomará a análise do julgamento do impeachment, que deve começar a ser votado em plenário no dia 29 de agosto.
Dirigentes do partido ouvidos pela Folha afirmam que, se aprovado
o afastamento definitivo de Dilma da Presidência, ela não deverá
participar de campanhas eleitorais, dedicando-se à sua própria defesa.
Petistas admitem também que a imagem de Dilma poderá prejudicar
candidatos do PT nas eleições municipais. O partido deverá se reunir
nesta semana para discutir se ela terá alguma aparição na propaganda
eleitoral dos candidatos a prefeito.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é um dos que resistem à ideia de contar com Dilma em sua campanha à reeleição.
ENTREVISTAS
Mesmo após um movimento de aproximação de Dilma com o partido, petistas
ficaram contrariados com o fato de, em entrevistas recentes, ela responsabilizar o PT pelo suposto pagamento ao marqueteiro João Santana com recursos de caixa dois.
Para dirigentes do partido, Dilma poderia se eximir de responsabilidade, mas deveria evitar transferi-la diretamente ao partido.
Na nota publicada no site do PT nesta segunda, Falcão chama de
"invencionices" informações sobre o suposto abandono de Dilma. Falcão
diz que essa é uma "versão forjada" pelo que chama de apoiadores do
golpe interessados na "continuidade do governo usurpador" e por "setores
da mídia monopolizada".
"O PT repele e desmente mais esta invencionice, sustentada por fontes
anônimas, e reafirma seu compromisso integral na luta pelo retorno à
Presidência da companheira Dilma".
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O secretário nacional de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, afirma,
porém, que o partido "deve escolher que caminho tomar dentro de uma
derrota: a conciliação, preparando-se para 2018, ou o combate ao golpe,
reivindicando novas eleições".
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
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