Uma garota de sete anos desmaiou e morreu em sua escola, após o médico
descartar sua doença, dizendo que era tudo “coisa de sua cabeça”.
Porém, ela sofria de uma rara doença pulmonar que afeta apenas uma em dez milhões de pessoas.
Esmee Polmear morreu mesmo após ter sido levada para o seu médico por
diversas ocasiões, queixando-se sempre de falta de ar, acompanhada de
perda de peso. No dia de sua morte, ela adoeceu na sua escola, em
Cornwall, na Inglaterra, e teve uma parada cardíaca. Os médicos
tentaram desesperadamente salvá-la, mas já era tarde demais.
A autópsia revelou que sua morte foi causada por uma doença
veno-oclusiva pulmonar extremamente rara (DVOP), que faz com que a
pressão arterial seja muito mais elevada nos pulmões. Na maioria dos
casos, a causa da doença é desconhecida, podendo ser relacionada com
uma infecção viral. Pode também ocorrer com uma complicação de doenças,
tais como lúpus, leucemia e linfoma, ou por tratamentos como
quimioterapia e transplante de medula óssea.
A pressão arterial elevada ocorre nas artérias pulmonares, ligadas
diretamente com o lado direito do coração. Os sintomas incluem falta de
ar, cansaço, desmaios, tosse com sangue e dificuldade em respirar
quando deitado. Atualmente, não há nenhum tratamento médico, mas
medicamentos vasodilatadores e drogas que controlam a resposta do
sistema imunológico podem ajudar os pacientes.
Os pais da garota, Mark e Lynette Polmear, relataram que, segundo a
carta do legista, “cerca de uma em 10 milhões de pessoas são afetadas
por esta doença”. A condição, quase sempre, é fatal, segundo
profissionais médicos, e a expectativa média de vida é de apenas dois
anos.
O que revoltou os pais de Esmee é que ela nunca foi diagnosticada antes
de sua morte, mesmo após inúmeras visitas ao hospital local.
Constantemente, a garota sofria de falta de ar e se esforçava para
subir as escadas. Ela também havia perdido mais de 6 kg antes de sua
morte. No entanto, os pais afirmam que o médico não deu ouvidos às
reivindicações e o médico da família chegou a dizer que a doença era
“coisa da cabeça” de Esmee.
“Quando
você vê a sua filha morta no chão, isso não é certo, não pode
acontecer. Sua saúde estava se deteriorando, ela começou a perder o
fôlego e não subir escadas. Nós a levamos novamente ao médico e ele nos
disse que era um problema mental, não médico. O médico até me deu um
tapinha nas costas e me assegurou que tudo estava bem. Era para ela ter
ficado no hospital, mas o médico disse que seria um desperdício de
tempo. Eles não acreditaram em nós, mesmo com ela perdendo peso”, relatou o pai.
Esmee foi encaminhada a um pediatra, no Royal Cornwall Hospital, onde
ela ficou sob um monitor cardíaco durante 24 horas. Mas, os resultados
mostraram que seu coração estava normal e uma consulta de
acompanhamento foi cancelada. Após sua morte, centenas de pessoas se
reuniram para uma homenagem, na cidade, soltando balões com fotos da
garota, com mensagens escritas por amigos. A família planejava levar
Esmee em uma viagem ao parque da Disney, antes da tragédia, para
realizar seu maior sonho. Em homenagem a ela, todos se vestiram como
seus personagens favoritos para o funeral, em agosto. Um inquérito
completo será realizado em 2016. O hospital não comentou sobre o caso.
Fonte: Daily Mail Foto: Reprodução /
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