O deputado defendeu Lula com relação a Operação Zelotes (Foto: José Cruz/ ABr)
O líder do governo na Câmara, José Guimarães
(PT-CE), saiu em defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nesta
terça-feira, 27, com relação as investigações da Operação Zelotes, que
investiga empresas de um dos filhos do ex-presidente. "É o medo de Lula
voltar em 2018", disse. "Tudo o que acontece com o presidente Lula vira
manchete. Não tem nenhuma acusação contra ele. Tem tanta gente acusada
que fica perambulando pelo País", afirmou o líder sem mencionar nomes.
Ontem, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal
deram início à terceira fase da Operação Zelotes. Os policiais cumpriram
mandado de busca e apreensão no escritório de Luis Cláudio Lula da
Silva, filho do ex-presidente.
Também ontem, Gilberto Carvalho foi ouvido pela PF em inquérito da
Zelotes. Ele foi ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da
República no primeiro governo Dilma e assessorava Lula no Palácio do
Planalto. Investigadores dizem que Carvalho foi citado por vários
personagens envolvidos no suposto esquema de compra de Medidas
Provisórias.
Ao mencionar o aniversário de 70 anos de Lula, comemorado nesta
terça-feira, Guimarães disse que "o legado dele é de muita honradez" e
que "ninguém fez tanto pelo Brasil e pelos pobres quanto o presidente
Lula".
Ao comentar o resultado da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta manhã e
que atribuiu à presidente Dilma Rousseff 70% de avaliação negativa,
Guimarães disse que a baixa popularidade afeta a governabilidade, "mas
não é motivo para qualquer outra medida", em referência a um eventual
pedido de impeachment articulado pela oposição.
Pauta
José Guimarães disse que o governo estabeleceu, durante reunião com
líderes da base aliada, três pautas prioritárias para esta semana. No
plenário, será votada a Medida Provisória (MP) 687, que trata de
incentivos fiscais para o setor cinematográfico do País. O Planalto
negocia a duração de tais incentivos. A comissão que tratou do assunto
estabeleceu de cinco a oito anos, mas o governo insiste em dois anos.
Outro tema prioritário é o projeto de lei de repatriação de recursos
de brasileiros no exterior, que deve ir ao plenário somente nesta
quarta-feira, 28. Guimarães está negociando alterações com o relator da
proposta, deputado Manoel Junior (PMDB-PB), para que ele desfaça algumas
mudanças, retornando ao texto original do texto elaborado pelo Senado e
enviado pelo governo.
Por fim, o Planalto espera votar até a manhã de quinta-feira, 29, na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a Desvinculação de Receitas da
União (DRU). Temas polêmicos como a extensão da desvinculação a Estados
e municípios devem ser colocados em discussão apenas na comissão
especial que tratará do assunto tão logo o texto saia da CCJ. "A Câmara
está votando e saiu da pauta negativista da oposição", disse
Guimarães.
Fonte: (AE)
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