A morte foi confirmada pelo ministro do Interior da Itália
Anis Amri foi abatido por volta das 3h locais no bairro de Sesto San Giovanni, durante uma batida policial (Foto: Divulgação)
O tunisiano suspeito de realizar o ataque em uma feira natalina em
Berlim foi morto durante uma troca de tiros em um subúrbio da cidade
italiana de Milão nesta sexta-feira, 23, confirmou o ministro do
Interior da Itália, Marco Minniti, em uma coletiva de imprensa. Anis
Amri, de 24 anos, foi abatido por volta das 3h locais no bairro de Sesto
San Giovanni, durante uma batida policial de rotina.
Os policiais haviam pedido para ver um documento de identidade do
jovem, que tirou uma arma de sua mochila e abriu fogo contra eles. Amri
foi morto durante a troca de tiros. Um policial ficou ferido. Minniti
afirmou que homem morto no tiroteio é "sem sombra de dúvida" o suspeito
procurado.
Na quinta-feira, os agentes haviam encontrado impressões digitais do
tunisiano na porta do caminhão que invadiu uma feira natalina no centro
de Berlim, deixando 12 mortos e mais de 50 feridos. A polícia alemã
havia emitido uma ordem de prisão internacional para Amri, de 24 anos,
oferecendo uma recompensa de 100 mil euros por informações que
levassem à sua captura. Ele foi identificado como um jovem que teve seu
pedido de asilo na Alemanha negado.
A ordem de prisão internacional dizia que ele tinha um histórico de
fornecer nomes e nacionalidades falsas, era considerado perigoso e
estaria armado. As buscas por Amri começaram após os policiais
encontrarem um documento de identidade debaixo do banco do motorista do
caminhão envolvido no atentado. O Estado Islâmico (EI) reivindicou a
autoria do ataque e afirmou que o autor o cometeu "em resposta aos
apelos para atacar os cidadãos dos países da coalizão internacional" que
luta contra o grupo jihadista.
As agências de notícia alemãs disseram que o jovem teria ligações com
Abu Walaa, um iraquiano salafista de 32 anos que foi preso em novembro
na Alemanha, acusado de recrutar jihadistas dispostos a lutar pelo EI.
O documento encontrado indica que ele havia recebido autorização para
permanecer temporariamente na Alemanha. O pai de Amri disse a uma rádio
que ele deixou a Tunísia sete anos atrás e ficou quatro anos preso na
Itália sob a acusação de ter incendiado uma escola. Também foi
condenado, à revelia, a 5 anos de prisão na Tunísia por roubo
violento. (AE)
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