O que muda com a revelação de "novo" órgão em humanos: veja explicação científica

Escrito Por Tiago Ferreira
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Sabemos que corpo humano possui diversas partes relacionadas. Nossos órgãos e aparelhos, por exemplo, funcionam de forma conjunta, interferindo em nossa energia, batimento cardíaco e até na movimentação.

Não é de hoje que estudiosos de anatomia estão atentos ao funcionamento dessa engrenagem que é o corpo humano, mas ainda há muitos mistérios a serem resolvidos. Um deles é o mesentério.

Mencionado pela primeira vez por Leonardo da Vinci em seus estudos de anatomia, no início do século XVI, durante todo esse tempo essa parte foi considerada apenas como um ligamento do aparelho digestivo.

No século XX, a constatação de que o mesentério tratava-se de uma parte fragmentada passou a ser adotada pela comunidade médica. Acreditava-se, portanto, que ele era um complemento do peritônio, região conhecida como revestimento da cavidade abdominal.

Porém, depois de mais de 6 anos de estudo, J. Calvin Coffey , pesquisador da Universidade Limerick, na Irlanda, descobriu que o mesentério é mais complexo do que se imagina. O estudioso classificou o mesentério como um novo órgão do corpo humano.

Mesentério no aparelho digestivo

O mesentério une o intestino com a parede do abdômen. É como se fosse uma borda, que permite o pleno funcionamento do nosso sistema digestivo ao conectar intestino e abdômen.
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A partir das descobertas de Coffey e o colega Peter O’Leary, também de Limerick, o mesentério possui uma estrutura própria e bem definida – e não separadas, como acreditava-se.

Para chegar a essa conclusão, a dupla realizou pesquisas microscópicas, para entender como a estrutura era realmente formada. O estudo foi publicado na revista científica The Lancet, especializada em gastroenterologia.

Novo órgão humano: o que muda para a Ciência?

Apesar do significativo avanço, os cientistas ainda não encontraram nenhuma evidência de que a estrutura do mesentério traga novas questões sobre o funcionamento do aparelho digestivo.

Entretanto, isso abre caminho para novos estudos. “Podemos categorizar doenças digestivas relacionadas a este órgão”, diz Coffey. “Se entendemos sua função, podemos identificar as anomalias, e estabelecer quando há uma doença, ou seja, quando o órgão funcionar de modo anormal”.

Alguns cientistas acreditam que a descoberta pode ser crucial para cirurgias menos invasivas (como a endoscopia, por exemplo), possibilitando uma recuperação melhor para o paciente.

Outros artigos científicos mostram que o órgão pode ter ação reguladora sobre fatores de coagulação e inflamação e investigações preliminares indicam possíveis relações com doença de Crohn, obesidade, síndrome metabólica, aterosclerose e diabetes.

No meio de tudo isso, uma coisa é certa: o mesentério passa a ser mais um na lista dos quase 80 órgãos do corpo humano.
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Sobre jaguarverdade

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