Onze mortes por calazar registradas em 2017 no Ceará

Dados são da Secretaria da Saúde do Estado. Conforme boletim, mais de 5 mil cães já tiveram diagnóstico confirmado neste ano
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Das 191 pessoas com diagnóstico confirmado de leishmaniose visceral (calazar), no Ceará, entre janeiro e agosto deste ano, 11 morreram. Os dados são da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). De acordo com Roberto Costa, responsável da pasta pela Vigilância Epidemiológica das Leishmanioses, a tendência é que o número de óbitos se mantenha inferior a 2016, quando 25 pessoas morreram em decorrência da doença. Entre 2015 e 2016, o número já havia sido reduzido em 39%.

Nos últimos dez anos, foram 5.312 casos confirmados e 342 mortes. No período, crianças de 1 a 4 anos formaram a faixa mais acometida pela doença, somando 21,9% dos diagnósticos, enquanto a taxa de letalidade geral apresentou média de 5,7%.

Roberto destaca que o calazar tem “se espalhado” no Estado, nos últimos anos. “Antes, 90% dos casos eram contabilizados apenas nas maiores cidades. Agora, municípios menores também têm registro expressivo do calazar”, adverte.

Os municípios que registraram maior ocorrência foram Fortaleza (32,4%), Sobral (5,69%), Caucaia (5,3%), Maracanaú (3,6%), Juazeiro do Norte (2,96%) e Barbalha (2,2%).

Dentre os 492.161 cães examinados, entre 2014 e 2017, 47.117 (9,6%) foram diagnosticados com o calazar. Apenas este ano, foram 5.055 animais. 

Cuidados

Para prevenir o calazar, a recomendação é manter quintais e terreiros limpos, com árvores podadas; evitar acúmulo de lixo orgânico, como restos de comida, montes de folhas ou fezes de animais; e descartar resíduos corretamente. Além disso, garantir a higiene e vacinação dos animais, usando produtos veterinários repelentes (coleiras, sprays e xampus).

Saiba mais

O calazar é causado pelo protozoário Tripanossomatídeo leishmania chagasi. Em áreas urbanas, os cães são a principal fonte de infecção da doença, considerada crônica e de alta letalidade. Se não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Os mosquitos-palha (menores que o Aedes aegypti) são vetores que, se infectados, transmitem a enfermidade a humanos. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.

LUCAS BRAGA
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