Colômbia diz não ter informações sobre anotação de tropas por John Bolton

Caderno de assessor de segurança dos EUA trazia a frase '5 mil tropas para a Colômbia', e gerou especulação sobre possível intervenção na Venezuela.

Por Agência EFE
Assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, com caderno de anotações durante anúncio sobre o congelamento de ativos de empresa estatal de petróleo da Venezuela — Foto: REUTERS/Jim Young

O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, disse na noite de segunda-feira (29) que o governo colombiano não sabe do que se trata uma anotação no caderno do conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, que fala de "5 mil tropas para a Colômbia".

"Com relação à menção da Colômbia no caderno que o senhor John Bolton tinha em mãos, o escopo e a razão para essa anotação são desconhecidos", disse o chanceler.

Na anotação de Bolton, aparecem duas inscrições. Em uma delas, é possível ler "Afeganistão, bem-vindas as negociações", se referindo a um possível acordo de paz com os talibãs. Já a segunda frase diz: "5 mil tropas para a Colômbia".
Detalhe do caderno de anotações de John Bolton em que é possível ler "5 mil tropas para a Colômbia" — Foto: REUTERS/Jim Young

Segundo a agência de notícias EFE, a imagem causou polêmica na Colômbia, onde surgiram especulações sobre interferência na crise na Venezuela.

Trujillo afirmou que "a Colômbia seguirá dialogando permanentemente com os Estados Unidos sobre todas as questões de interesse comum e cooperando com esta nação amiga em questões bilaterais, hemisféricas e globais".
Ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo — Foto: Reprodução/Reuters

Ativos congelados

A imagem do caderno de Bolton veio à tona após uma coletiva de imprensa na qual a Casa Branca anunciou sanções contra a companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) e para as quais o governo de Donald Trump não deu explicações.

As sanções anunciadas contra PDVSA têm como objetivo afogar economicamente ao governo de Maduro, já que segundo Bolton afetarão US$ 7 bilhões em ativos da companhia petrolífera e provocarão outros US$ 11 bilhões em perdas para a petrolífera ao longo do ano.

Tanto Colômbia como os Estados Unidos, e a maioria de países da região, reconheceram como presidente legítimo da Venezuela o autoproclamado Juan Guaidó.

Sobre esta questão, o chanceler colombiano afirmou que o país "seguirá atuando política e diplomaticamente para criar as condições que conduzam a um processo eleitoral que restabeleça a ordem democrática e institucional nesse país".
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