Muitas mulheres precisam conviver todo santo mês com a cólica menstrual.
Algumas sentem dores tão intensas e resistentes a remédios que muitas
atividades do dia-a-dia precisam ficar em segundo plano. Dependendo da
intensidade, elas ainda são acompanhadas de náuseas, vômitos e até
desmaios.
Para ajudar nestes dias difíceis que muitas mulheres passam todos os meses, a empresa Medecell desenvolveu um dispositivo baseado em uma tecnologia largamente usada pelos fisioterapeutas: a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS). O
ginecologista Paulo Giraldo, professor da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) é o responsável pela avaliação do pequeno aparelho
portátil que, ao lançar estímulos elétricos suaves sobre a pele, evita
que a mulher sinta cólica. Segundo ele, não é preciso tomar comprimidos
nem recorrer a qualquer outro método agressivo. “Ainda não podemos mostrar os resultados finais, mas a impressão é a melhor possível. As voluntárias se adaptaram bem e se sentiram bastante aliviadas” adianta o professor.
Como funciona
O aparelho é posicionado no ventre e emite pequenos choques numa frequência que não afeta negativamente o organismo e tem o objetivo de enganar o cérebro. A estimulação elétrica nervosa transcutânea previne que o sistema nervoso leia e vincule os sinais de dor. A
eficiência do método seria justificada pelo fato de que, além de
iludirem o cérebro, os choques leves incitam a produção dos nossos
analgésicos internos. Estímulos como eletricidade e calor fazem o
cérebro liberar tanto substâncias que cortam a percepção do incômodo
como outras que inibem diretamente a dor.
O primeiro estudo a confirmar esse efeito para a cólica, foi conduzida pela médica especialista em dor Gabriela Lauretti da USP.
Ela analisou o comportamento de 20 mulheres. Usando uma escala de
intensidade da dor que vai de 0 a 10, as moças relataram que o incômodo
caiu, em média, de 7 para 2. Nove das participantes deixaram de usar
medicamentos contra as cólicas e, três meses depois do experimento, 14
continuaram continuam usando o aparelho regularmente todos os meses.
Já está no mercado
O aparelho já está à venda no mercado desde 2013 e recebe o nome de Tanyx. Além de ser aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pelo FDA (U.S. Food and Drug Administration) e seguir as normas técnicas internacionais, tendo o selo da CE (Comunidade Europeia).
O
custo médio é de 70 reais. Cada unidade tem uma bateria com dez horas
de duração – o que rende cerca de 30 sessões de 20 minutos.
Fonte: http://diariodebiologia.com/2015
Fonte: http://diariodebiologia.com/2015
0 comentários:
Postar um comentário