Homens que ficam irritados com frequência correm um risco maior de morrer prematuramente, de acordo com novo estudo
Homens
que ficam nervosos e com raiva frequentemente correm um risco 1,7 vezes
maior de morrer precocemente, em comparação com aqueles que têm
temperamento mais calmo, de acordo com nova pesquisa. Publicado
recentemente na revista científica Social Science & Medicine, o estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos.
Para chegar aos resultados, os cientistas coletaram dados de 1 307
homens ao longo de quase 40 anos. Os níveis de raiva foram mensurados
anualmente por meio da pergunta: "Você fica com raiva facilmente?". A
frequência das respostas positivas à questão foi relacionada com o
aumento do risco de morte prematura.
De acordo com os autores, essa correlação se manteve mesmo após
outros fatores que afetam a mortalidade prematura serem considerados,
como renda, estado civil e tabagismo. A idade média dos homens no início
do estudo foi de 30 anos, mas os efeitos do sentimento de raiva no
aumento do risco de morte foram encontrados até 35 anos mais tarde.
O estudo também revelou que traços da personalidade que costumam
proteger uma pessoa contra morte prematura, como elevada capacidade
cognitiva, por exemplo, não foram capazes de reduzir o risco de morte
entre os mais irritados.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, uma possível
explicação para os resultados encontrados está no fato de que a
irritação aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. Dessa
forma, sentir raiva constantemente pode prejudicar o coração. "Este
estudo não lidou com pessoas que sentem raiva de vez em quando. Elas
eram constantemente irritadas. Não há problema em ter uma tarde ou um
ano mais estressante, por exemplo. A questão tratada aqui não é uma
raiva passageira, mas uma predisposição à ira.", disse Amelia Karraker,
principal autora do estudo, ao jornal britânico.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia
(Da redação)
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