O Universo está morrendo e nós não estávamos percebendo, diz agência espacial

Os pesquisadores descobriram que as galáxias estão perdendo energia em uma taxa alarmante, e confirmam que toda a energia no universo irá se dissipar ao nada. 

Um estudo descobriu que 200 mil galáxias haviam perdido metade de sua energia em apenas dois bilhões de anos. "O Universo está morrendo lentamente", diz sombriamente uma declaração do Observatório Europeu do Sul (ESO).
A teoria de que o Universo está morrendo através de um aumento na entropia não é nova, mas esta é a mais extensa análise divulgada, com a perda de energia de uma grande parte do espaço com galáxias, foi medida com mais precisão. Tal perda foi estudada em 21 comprimentos de onda, do ultravioleta ao infravermelho distante, e foi descoberto que todos estavam diminuindo. A pesquisa era parte do projeto Galaxy and Mass Assembly (GAMA), que está usando os telescópios mais poderosos do mundo para estudar o cosmos.
"Como usamos muitos espaços e telescópios terrestres, foi possível medir a produção de energia de mais de 200.000 galáxias com a mais ampla gama de comprimentos de onda possível", disse Simon Driver, no International Centre for Radio Astronomy Research (ICRAR), na Austrália, que lidera a grande equipe GAMA, em um comunicado.
O que está acontecendo é o seguinte: estrelas usam sua energia, que é dissipada como luz e calor. Quando certas estrelas terminam suas vidas em explosões de supernovas cataclísmicas, podem alimentar o nascimento de novas estrelas, mas em última análise, toda essa energia vai se espalhar tanto que novas estrelas não poderão se formar. Nas galáxias estudadas, a taxa de formação de estrelas diminuiu muito em pouco mais de dois bilhões de anos.

Os pesquisadores chegaram à sua conclusão comparando a produção de energia das galáxias mais antigas e galáxias mais recentes. Jochen Liske, da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, que esteve envolvido na pesquisa, disse ao portal IFLScience que “o universo está se tornando um lugar cada vez mais frio e escuro”.

A pesquisa, apresentada na Assembleia Geral da União Astronômica Internacional XXIX, no Havaí, EUA, é um pouco diferente de outra teoria para o fim do Universo, conhecida como morte térmica. Ela afirma que, como a expansão do Universo continua acelerando, não haverá interação entre os corpos. No entanto, os pesquisadores não tem certeza de que acontecerá: 
"Essa é uma pergunta que não tem muitas respostas. Nós ainda não sabemos o que causa a expansão acelerada”, disse Liske.

Mas a morte térmica do Universo está prevista para muitos bilhões de anos. É provável que, antes que ela ocorra, as galáxias já estarão sem energia. E este cenário não pode ser evitado. "Nós definitivamente vamos seguir por esse caminho. Para revertê-lo, seria preciso um processo cósmico que mudasse o universo, apagando enormes flutuações de densidade. Não há nenhum processo conhecido que possa fazer isso", acrescentou Liske.
A previsão é que antes que tal fato ocorra, a Terra já tenha sido consumida pelo Sol, daqui a 5 bilhões de anos, quando ele se transformar em um gigante vermelho, antes de morrer, deixando nosso planeta um mundo árido, desprovido de vida. 
 
 Fonte: IFLS Foto: Reprodução / IFLS
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Sobre jaguarverdade

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