Em
março deste ano, Bumlai teve permissão para cumprir prisão domiciliar
por causa do tratamento de um câncer na bexiga e de problemas no coração
(Foto: Rovena Rosa/ABR)
O
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um
pedido de habeas corpus feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que se
encontra preso preventivamente na carceragem da Polícia Federal de
Curitiba desde o último dia 6.
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Apesar de indeferir o habeas corpus, Zavascki solicitou informações
sobre o estado de saúde de Bumlai e determinou que o juiz Sergio Moro,
da Justiça Federal do Paraná, as avalie com mais cautela ao analisar uma
possível prisão domiciliar.
“As condições de saúde do paciente podem e devem ser avaliadas pelo
magistrado de primeiro grau, sem que isso se confunda com a prisão
cautelar, objeto da impetração. Necessário, assim, aguardar-se as
informações solicitadas”, disse Zavascki, relator da Operação Lava Jato
no STF, no pedido.
Bumlai é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação
de bens e teve a prisão preventiva decretada em novembro de 2015, na
Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato. Em março deste ano, ele
teve permissão para cumprir detenção domiciliar, por causa do tratamento
de um câncer na bexiga e de problemas no coração.
Moro ordenou que ele se reapresentasse à carceragem da Polícia
Federal em Curitiba no início deste mês, alegando que os atestados
apresentados para justificar a prisão domiciliar são vagos e não trazem
previsão de alta.
O magistrado também levou em consideração indícios de que Bumlai
“auxiliou terceiros a subornar criminoso a fim de evitar que esse
celebrasse acordo de colaboração premiada”, o que a defesa nega.
Inquérito
Bumlai, que é apontado pelos investigadores como amigo pessoal do
ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, é suspeito de ter contraído um
empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Schahin com o objetivo de
financiar gastos do PT.
O MPF acredita que parte do dinheiro foi utilizado pelo partido para
pagar o empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande
ABC. Ele estaria chantageando líderes da sigla porque
tinha informações que ligavam integrantes do partido à morte do
ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Posteriormente, o Grupo Schahin firmou um contrato de US$ 1,6 bilhão
com a Petrobras para a operação de um navio sonda. A força-tarefa da
Lava Jato suspeita que o negócio tenha sido uma compensação para que não
fosse cobrada a dívida assumida por Bumlai, que nunca pagou o
empréstimo. (ABr)
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