Grupo já havia sido avistado pela Funai em 2008 e reagiu à aproximação da aeronave
Tribo possui cabelo incomum e índios são mais altos que a média
Fotos
aéreas divulgadas nesta semana mostram uma tribo de índios isolada que
fica na fronteira do Acre com o Peru. As novas imagens possibilitaram o
conhecimento de novas características, como a pintura corporal e até a
forma diferente como eles cortam o cabelo.
A
descoberta aconteceu quase que por acaso quando o sertanista e assessor
indígena do governo José Meirelles e o fotógrafo Ricardo Stuckert
sobrevoavam a área de floresta no Jordão a bordo de um helicóptero. Eles
viajavam para a aldeia Caxinauá (também no Acre), onde fariam uma
sessão de fotos para o livro “Índios Brasileiros”, mas precisaram
desviar o percurso devido ao mau tempo. Com a lente de alta definição, o
fotógrafo conseguiu avistar a tribo em cabanas feitas com palhas em uma
área de floresta fechada.
A
tribo é a mesma avistada por uma equipe da Fundação Nacional do Índio
(Funai) em 2008, e não há nenhum relato ou documento de aproximação com
povos civilizados nem mesmo outros grupos.
Na
ocasião, a equipe sobrevoava a área em baixa altitude e fez fotos dos
isolados lançando flechas no avião. Dessa vez, a reação foi a mesma. Ao
identificar uma possível ameaça, os índios reagiram. A tribo atirou
dezenas de flechas na tentativa de afastar a aeronave, que sobrevoou a
região durante sete minutos.
De
acordo com relato de Meirelles à BBC Brasil, os índios mudam a aldeia
de quatro a cinco anos, mas permanecem sempre na mesma área. Ele estima
que a tribo, identificada apenas como “Índios do Maitá” (por estar
próximo ao rio de mesmo nome) é composta por cerca de 300 pessoas e vive
numa área de 630 mil hectares onde estão três reservas indígenas. O
número, segundo ele, é bem grande para uma aldeia isolada.
Em
uma primeira análise das fotos, o sertanista identificou que as
mulheres usam uma saiota, e eles têm plantações de algodão, milho,
banana, mandioca e batata.
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