Lula: Moribundo, PT tem mais preferência do que partidos da elite


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta sexta-feira (2), do lançamento no Rio do observatório criado para acompanhar os processos judiciais contra ele. A ideia de um grupo de intelectuais é defendê-lo do que se classificou de "processo de deslegitimização" do líder petista. Evento semelhante ocorreu em São Paulo, no fim de outubro.

Lula discursou para uma plateia que formada pela cantora Beth Carvalho, o escritor Fernando Moraes, políticos como o senador Lindbergh Farias (PT) e o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), entre outros. Parte da fala do ex-presidente foi transmitida ao vivo pelo Facebook. Segundo ele, os processos a que responde são uma tentativa de afastá-lo das eleições de 2018.

"Estão criminalizando o PT e já vimos isso no Brasil e no mundo. O (presidente Michel) Temer é um constitucionalista. Ele sabe que não poderia ter golpe contra a (ex-presidente) Dilma (Rousseff). Era necessário acabar com a trajetória do PT. Porque se a Dilma conclui o mandato, se vem Lula, vão fazer os 20 anos de governo com que os tucanos sonhavam. Então, precisa acabar (o PT). (...) 'Roubar o mandato dela e deixar esse Lula voltar a ser presidente é demais'. O objetivo deles é evitar 2018. E é isso que mexe comigo. Que me dá cócegas", disse Lula.

O ex-presidente citou dados de pesquisa sobre preferência partidária, que deixa o PT com 13%, à frente de partidos como PSDB e PMDB. "Para vocês terem uma ideia, quando cheguei à presidência, em 2002, o PT tinha 11% de preferência nacional. Quando entreguei para Dilma, em 2011, tinha 36%", disse Lula, ressaltando que esse índice não havia sido alcançado "nunca antes na história desse País", arrancando gargalhadas da plateia. "O PT apanha desde 2005 de chicote, de corrente. Ainda assim, tem 13%. Ainda que moribundo, no pelourinho, o PT ainda tem mais preferência do que os dois partidos da elite".

Três vezes réu

Lula é réu na Justiça Federal em Curitiba acusado de receber R$ 3,7 milhões em propinas da OAS por meio de obras em um tríplex no Guarujá (SP) atribuído pela Lava Jato ao petista e aluguel de um galpão para guardar presentes que recebeu enquanto era presidente.

Nas ações que correm no Distrito Federal, Lula responde a uma acusação de tentar obstruir as investigações da Lava Jato no episódio envolvendo a tentativa de barrar o acordo de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e a uma de tráfico de influência e corrupção envolvendo fraudes no financiamentos do BNDES para obras da Odebrecht na África.

Fonte: O Estadão
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