Milhares de manifestantes tomam a orla a favor da Lava Jato

A PMRJ não dá estimativas, mas organizadores dizem que 200 mil foram às ruas do Rio. Foto: Fabio Motta/AE
Milhares
de pessoas se concentram na orla da praia de Copacabana na Zona Sul do
Rio, para a manifestação contra as mudanças no projeto de lei que trata
das 10 medidas de combate à corrupção.
Três carros de som, de diferentes movimentos, convocam a população
para a passeata. A manifestação, que deve se estender do posto cinco, na
altura do Museu da Imagem e do Som, até o posto 2, próximo ao hotel
Copacabana Palace, reúne pessoas de perfil bem diferente, que vão desde
um grupo de militantes religiosos contra a legalização do aborto, até
apoiadores do regime militar e que carregam um boneco inflável do
general Antônio Hamilton Martins Mourão.
O polêmico general foi afastado do Comando Militar do Sul, em outubro
de 2015, após incitar oficiais da reserva para o "despertar de uma luta
patriótica" e para uma homenagem póstuma ao general Brilhante Ustra,
ex-chefe do DOI-CODI - órgão de repressão política durante a ditadura
militar no Brasil - e reconhecido pela Justiça como torturador.
Mesmo após ser afastado, Mourão recebeu, no começo deste ano, a
Medalha Negrinho do Pastoreio, do governador do Rio Grande do Sul, José
Ivo Sartori (PMDB), "em reconhecimento ao trabalho prestado no Comando
Militar do Sul".
Apoio a Moro
Muitos manifestantes também carregam faixas em apoio à atuação do
juiz Sérgio Moro, do Ministério Público e da Polícia Federal. Um boneco
de Moro em traje de gala em tamanho real foi aplaudido pelos presentes,
que também usam camisetas em reverência ao juiz.
Adriana Balthazar, uma das coordenadoras do Movimento Vem pra Rua RJ,
disse que ainda não é possível estimar a quantidade de pessoas
esperadas para o protesto, mas que será "grande". "Estão chegando grupos
de todos os lugares: Ministério Público, Igreja, a população como um
todo. Queremos chamar a atenção para a pressão que a Lava Jato está
sofrendo e para os congressistas, que estão tentando fazer lei para
salvar a própria pele". (Com informações da Agência Estado)
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