Como não há qualquer remédio para a ereção masculina nas farmácias estatais, os cubanos recorrem a alimentos que eles consideram afrodisíacos

O vendedor de pomas e mandioca, em Havana Vieja (Duda Teixeira/VEJA)
Cuba é um destino de turismo sexual e tem uma população
promíscua, mas não há nas farmácias estatais qualquer remédio para a
ereção masculina.
Sem acesso à informação — seja pela internet, pelos meios de
comunicação ou por médicos atualizados–, os cubanos são grandes devotos
dos alimentos que eles consideram afrodisíacos.
O
mais tradicional é o “copo de ostra”, que também traz suco de tomate,
limão e pimenta. A bebida era tradicionalmente vendida no restaurante
Ostionera, em Havana. Porém, como o estabelecimento está em reforma, não
há como encontrá-la pela cidade.
Outro estimulantes é a sopa de filhote de pomba. A receita inclui
mandioca e suco de limão. Por aqui, dizem que o sabor da pomba parece de
coelho. Dá para comprar a pomba e a mandioca com o mesmo vendedor nas
ruas de Havana Vieja.

O restaurante Ostionera, onde se comprava o “copo de ostra” (Duda Teixeira/VEJA)
Além dos alimentos afrodisíacos, os bairros de Havana também estão
cheios de comprimidos contrabandeados do exterior. No mercado negro, um
Viagra pode ser obtido por 2 dólares.
O mais comum atualmente é o que eles chamam de “fim de semana”. Dura
dois dias. A cartela com dez custa o salário de um cubano: 20 dólares.
Se pechinchar, dá para levar por 15. O comprimido tem como princípio
ativo o tadalafil e é fabricado na Índia. “Provavelmente, essas pílulas
estão sendo trazidas pelos trabalhadores indianos que estão vindo para
cá”, diz o médico cubano Oscar Elías Biscet, especialista em medicina
interna.

Cartela de “fim de semana”: remédio e levado para Cuba por trabalhadores indianos (Duda Teixeira/VEJA)
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